Concurso em fim de mandato cheira a bomba com efeito retardado

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Concurso em fim de mandato cheira a bomba com efeito retardado

Pode não ter havido propriamente má-fé do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV), mas foi polêmico, sem dúvida, o anúncio do gestor, no apagar das luzes do segundo mandato, às vésperas da posse do sucessor Cícero Lucena (PP), que não é seu aliado político, sobre a realização de concursos públicos para preenchimento de 601 vagas na Saúde e na área administrativa. A equipe de transição designada pelo prefeito eleito já deixou claro que a futura gestão anulará atos sem respaldo legal, que causarem prejuízos ao município, arrimando-se na vedação legal para criar despesas no último quadrimestre da administração. No mínimo, a postura do ainda prefeito revelou-se antiética ao publicizar os editais – afinal de contas, as nomeações e pagamentos de salários caberão à administração que se empossa no dia primeiro.