Opinião

PARAHYBA DO NORTE E SUAS HISTÓRIAS: O elegante palacete do Clube dos Diários, depois do Cabo Branco - Por Sérgio Botelho

No dia 12 de janeiro de 1926, no governo estadual do catoleense João Suassuna, foi inaugurado o palacete do Clube dos Diários, na esquina da Duque de Caxias com a Peregrino de Carvalho, de frente para o Cine Rio Branco (depois Rex) e para a antiquíssima Igreja da Misericórdia.

Foto: Internet

No dia 12 de janeiro de 1926, no governo estadual do catoleense João Suassuna, foi inaugurado o palacete do Clube dos Diários, na esquina da Duque de Caxias com a Peregrino de Carvalho, de frente para o Cine Rio Branco (depois Rex) e para a antiquíssima Igreja da Misericórdia.

O prédio tomou o lugar de vetusto sobrado que havia no local, aproveitando-lhe paredes, sob a responsabilidade do requisitado mestre de Obras, Antônio Gama, fiscalização técnica de Mariano Falcão, atendendo projeto de José Gomes Coêlho. A inauguração, numa terça-feira, contou com a presença do aniversariante presidente paraibano Suassuna, com direito a aposição de seu retrato na sala da biblioteca e diploma de sócio benemérito.

As mais requintadas pompas e circunstâncias marcaram o evento, “constituindo uma nota realçada no mundanismo da Parahyba”, conforme traduziu a edição daquele dia de A União.

Afinal, reuniu o que se pode chamar de fina flor da sociedade parahybana. O clube havia sido fundado há menos de um ano, em 12 de maio, após desentendimentos na diretoria do Esporte Clube Cabo Branco, criado em 13 de dezembro de 1915, segundo o Memória João Pessoa, e passava a ter, já, requintada sede em um dos locais mais concorridos de João Pessoa. “… a alludida construcção, com a pureza e harmonia de suas linhas, as numerosas janellas rasgadas de alto a baixo como convêm ao clima tropical, apresenta um rosto architetonico de grande realce.

Constitue mesmo um ornamento ao systema de edificações da Parahyba o amplo e imponente palacete que ostenta ainda um maior effeito à noite, com o fulgor de sua illuminação interna”. Assim foi que A União descreveu o ainda hoje belo prédio inaugurado naquele longínquo janeiro de 1926, tempo de construções memoráveis na capital paraibana.

Posteriormente, a paz voltou a reinar entre os que fundaram o Cabo Branco, e a paz resultou no retorno da primeira denominação: Cabo Branco. O edifício da Duque de Caxias com a Peregrino de Carvalho reinou como sede social central do CB até a primeira década dos anos 2000, quando o clube entrou em declínio. Ao longo do tempo o imóvel experimentou outras modificações sem, no entanto, mudar as linhas externas originais.

Fonte: Sérgio Botelho
Créditos: Polêmica Paraíba