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Ex-presidente da CBF é transferido a prisão de segurança mínima nos EUA

Condenado a quatro anos de prisão por corrupção, ex-presidente da CBF agora tem acesso a biblioteca, televisão, programas educativos e pode se exercitar com frequência

Condenado a quatro anos de prisão pela justiça dos Estados Unidos, o ex-presidente da CBF José Maria Marin foi transferido para uma penitenciária de segurança mínima na Pensilvânia, no noroeste do país. O novo endereço de Marin fica a cerca de 300 quilômetros do Metropolitan Detention Center, no Brooklyn, em Nova York, onde ele estava desde dezembro de 2017, quando foi condenado a seis crimes por seis corrupção no futebol.

A transferência foi um pedido dos advogados do ex-presidente da CBF. A prisão na cidadezinha de Allenwood oferece condições aos detentos opostas ao do presídio do Brooklyn, que é descrito por advogados criminalistas como um “depósito humano” por causa da brutalidade no tratamento com os presos.

Aos 86 anos, José Maria Marin agora tem acesso a biblioteca, televisão, programas educativos e pode se exercitar com frequência – benefícios que ele não tinha no MDC. O dirigente também tem acesso a médicos e enfermeiros no local.

Presidente da CBF entre 2012 e 2015, Marin foi um dos mais de 40 indiciados no escândalo de corrupção que ficou conhecido no “Caso Fifa”. Preso em Zurique no dia 27 de maio de 2015, o ex-presidente da CBF foi extraditado para os EUA meses depois, e ficou em prisão domiciliar no seu apartamento na Trump Tower, em Manhattan, até ser julgado no fim de 2017.

Acusado de sete crimes, Marin foi condenado por seis deles em dezembro do ano passado por um júri popular no Tribunal Federal do Brooklyn, em Nova York. O caso corre nos EUA porque foram usados bancos e empresas americanas para movimentar o dinheiro desviado do futebol. Marin foi acusado pelos promotores de ter embolsado ilegalmente US$ 6,5 milhões em contratos relacionados a torneios organizados pela CBF e pela Conmebol.

Outros dois ex-presidentes da CBF, Ricardo Teixeira (1989-2012) e Marco Polo Del Nero (2015-2018) são acusados dos mesmos crimes que levaram Marin a ser condenado. Como estão no Brasil, país que não extradita seus cidadãos, os dois cartolas nunca foram julgados nos EUA. Os dois afirmam que são inocentes. Teixeira renunciou a todos os cargos que ocupava em março de 2012. Del Nero foi banido pela Fifa de todas as atividades relacionadas a futebol em abril deste ano.

Fonte: GE
Créditos: GE