Presidiário dá golpe de quase R$ 20 mil em idosa e zomba: 'não vai fazer falta'

Uma idosa de 67 anos, do Acre, caiu em um golpe de um presidiário do Ceará no Whatsapp. Ela fez alguns depósitos que totalizaram R$ 19,7 mil (segundo registro do Boletim de Ocorrência) em uma conta que ele tinha acesso.

A Polícia Civil de Cruzeiro do Sul (AC), cidade da idosa – que não teve o nome identificado -, está investigando o caso. O delegado Alexnaldo Batista explicou que convocou a senhora para depor nesta quarta-feira.

O DDD do presidiário é 88, de uma cidade do Ceará. As polícias dos dois estados estão trabalhando de forma conjunta para identificar de que lugar foi efetuada a conversa.

“Ele acabou convencendo a idosa que ela tinha sido premiada em R$ 25 mil. Ela relatou que foi sendo solicitada a ela um depósito, explicado que esse dinheiro seria depositado em uma conta e seria feito o retorno a ela do dinheiro. Ela acabou fazendo um depósito de R$ 19,5 mil”, disse o delegado ao UOL.

“Ela depositou, só que a informação era de que ela ia ganhar um prêmio maior ainda. Esses R$ 25 mil representavam o primeiro prêmio”.

O delegado contou que a idosa ainda foi ironizada pelo preso, que a comunicou depois do depósito que se tratava de um golpe. “No final, o criminoso ainda falou que era um golpe, que estava em uma penitenciária e tinha feito isso porque tinha tentado com várias pessoas do Brasil inteiro e não tinha conseguido. Ele ainda zombou da cara inteira”.

Na troca de mensagens pelo Whatsapp (veja imagem), o presidiário ironizou a idosa. “Vai desculpando aí, mas era golpe. R$ 19,5 mil foi o que saiu das suas contas para mim. Desculpa, R$ 8,7 mil da sua conta, R$ 6 mil do seu limite cheque ouro que é automático e R$ 4,4 mil no caixa”.

A senhora, ao ser ironizada pelo presidiário, respondeu: “Você não tem vergonha do que faz com as pessoas. Tenho pena de você”. A resposta foi: “Deixa pra lá, não vai fazer falta para você”.

A “sorte” da idosa é que ela conseguiu reaver parte do dinheiro depositado na conta indicada pelo presidiário. “Como ela tinha feito um dos depósitos pré-datados, ela foi lá e conseguiu cancelar R$ 2,9 mil”, explicou o delegado.