A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) encontra-se na Itália, segundo informações repassadas por ela à emissora CNN Brasil.
A entrada no país europeu teria ocorrido antes de seu nome ser incluído na lista de Difusão Vermelha da Interpol.
Zambelli é considerada foragida desde a última quarta-feira (04/06), quando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acatou o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e decretou sua prisão preventiva.
Na véspera, terça-feira (03/06), a parlamentar havia informado que deixaria o Brasil para realizar um tratamento médico.
Posteriormente, negou que sua saída representasse abandono do país.
Em publicações nas redes sociais, alegou sofrer “pressão jurídica” e declarou estar “cansada de ficar calada”.
“Não é desistir da minha luta. É resistir, é poder continuar falando o que eu quero falar, é voltar a ser a Carla que eu era”, disse a deputada.
De acordo com apurações, Zambelli teria deixado o Brasil pela fronteira com a Argentina e, em seguida, seguido para a Flórida, nos Estados Unidos, antes de chegar à Europa.
Entenda a fuga de Zambelli
A fuga ocorreu após a condenação, em março deste ano, a 10 anos de prisão, por envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela inserção de documentos falsos — entre eles, um falso mandado de prisão contra Moraes, supostamente “assinado” pelo próprio ministro.
Após a ordem de prisão preventiva, Zambelli criticou a decisão de Moraes, afirmando que foi tomada de forma monocrática, sem passar pelo plenário do STF.
Ela prometeu denunciar o caso a entidades internacionais.
“Denunciarei esse abuso, essa perseguição e essa escalada autoritária em todos os fóruns internacionais possíveis. O mundo precisa saber que, no Brasil, ministros do Supremo agem como imperadores, atropelando leis, calando vozes, destruindo famílias. Essa perseguição política está apenas começando a ser exposta”, afirmou.