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'RETROCESSO': Presidente da Associação dos Magistrados da Paraíba critica decisão do STF sobre imunidade para deputados estaduais - VEJA VÍDEO

A presidente da Associação dos Magistrados da Paraíba, Maria Aparecida Sarmento Gadelha, concedeu nesta quinta-feira(09) ao programa Arapuan Verdade.

A presidente da Associação dos Magistrados da Paraíba, Maria Aparecida Sarmento Gadelha, concedeu nesta quinta-feira(09) ao programa Arapuan Verdade. Durante a sua entrevista a juíza falou sobre o evento realizado pela associação para os membros da imprensa paraibana e sobre a nova forma que os magistrados estão tendo que descobrir como relacionarem-se com a imprensa em uma sociedade tão informatizada.

Sobre o evento Maria Aparecida afirmou que o diálogo entre jornalistas e juristas é fundamental para que haja uma troca de conhecimento sobre cada uma das duas áreas. Segundo ela também é necessário que haja o reconhecimento de que “a imprensa e o jornalismo exercem um papel fundamental na condução do estado democrático de direito”. “Precisamos ter sempre nossas instituições mantidas e fortalecidas e o jornalismo é uma delas”, concluiu a magistrada.

Ela também comentou a decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal nesta semana em que foi entendido que deputados estaduais também possuem direito a um foro privilegiado e que suas prisões precisariam ser aprovadas pelas casas legislativas das quais eles participam. “Precisamos pensar que tipo de abertura estamos criando, em que isso irá dar”, afirmou a magistrada antes de concluir que a decisão seria um “retrocesso”.

Questionada sobre a divisão que viria se apresentando no pleno do Supremo Tribunal Federal durante as votações Maria Aparecida afirmou que o que se vê no órgão máximo do poder judiciário seria um reflexo da sociedade brasileira. “O que não se admite é uma decisão sem motivação alguma”, afirmou a magistrada apontando que apesar da discordância ser normal para o sistema jurídico não se pode deixar que a simples discordância motive os ministros. Em relação a instituição da prisão após em segunda instância a juíza acrescentou que este também foi um tema pouco debatido entre a categoria e que gera muita discussão.

Por fim ela falou sobre a decisão da AMPB de processar a jornalista Pâmela Bório após as afirmações da ex-primeira-dama em que ela acusou todos os juristas do estado de serem vendidos. Maria Aparecida apontou que a decisão da associação se deu por uma necessidade de que todos desenvolvam a consciência de que estão atingindo outros com suas falas e que podem causar um dano muito grave as pessoas quando estas não condizem com a realidade. “A jornalista extrapolou o seu direito de liberdade de expressão quando ela acusou todo o magistério do estado de uma forma que não cabe a classe”, concluiu a magistrada.

https://youtu.be/jpBgDXwekCc

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba