Opinião

Preocupação à Vista: Governo Lula e o impasse com os Prefeitos - Por Gildo Araújo

É fato observar que, nos últimos meses, algo que estava apenas nos bastidores começa a ganhar noticiário em todo País: o impasse entre o governo do presidente Lula e os prefeitos brasileiros.

Hugo Barreto/Metrópoles

É fato observar que, nos últimos meses, algo que estava apenas nos bastidores começa a ganhar noticiário em todo País: o impasse entre o governo do presidente Lula e os prefeitos brasileiros.

Como sabemos, a maioria dos gestores brasileiros, especialmente, na região norte e nordeste do País, acreditava que com Lula presidente os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) poderia melhorar ainda mais com relação ao que acontecia na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. No entanto, o que já se detecta é uma insatisfação que começa a ganhar corpo por parte de vários gestores de diversos Estados, sobretudo os localizados nas regiões mais vulneráveis, que foi onde Lula venceu com ampla maioria.

Recentemente na Paraíba, a Federação das Associações dos Municípios (FAMUP) se reuniu com diversos representantes paraibanos no Congresso Nacional para discutir o assunto dos repasses, mas parece que não houve nenhum efeito prático, pelo menos até o presente momento, pois parece que o foco de alguns parlamentares talvez seja a Reforma Tributária tendo em vista que lhe rende mídia e barganha política.

Enquanto isso, nos rincões do País, tem brasileiro que já começa a sentir essa ausência de solução rápida, pois a população não pode ficar à mercê dessa burocracia. E pelo que se tem acompanhado, enquanto procrastinam uma saída para a economia do país, os gestores já começam a gemer e daqui a pouco a gritaria será geral.

Diante do que estamos observando, nos bastidores da política, através desses burburinhos crescentes, se não tomarem medidas imediatas, as inquietações desses chefes dos executivos municipais poderão se transformar em manifestações públicas, e aí não se sabe aonde isso poderá parar, já que as consequências poderão ser graves. Basta um possível atraso de pagamentos dos servidores para poder ser criado um efeito dominó, ou seja, paralisações de funcionários públicos, greves, cujos efeitos e resultados poderão ser imagináveis, atingindo, inclusive, o comércio que poderá vir a colapsar; pois se não tem arrecadação não existirá pagamento de servidor, sem dinheiro circulando o comércio cai as vendas e as consequências chegaram também aos comerciários que poderão perder seus empregos, até virar um completo caos.

Só para se ter uma ideia, na Paraíba, a cidade de Cajazeiras já anunciou que atrasou o pagamento dos servidores comissionados; em Remígio, o prefeito André Alves declarou que com a diminuição dos recursos, “será preciso demitir funcionários”.

Esse é o choque de realidade está pipocando em todo lugar.

A verdade é que ou a equipe econômica do presidente Lula toma as devidas providências de solucionar imediatamente essa questão de repasse do Fundo Municipal dos Municípios (FPM), ou iremos assistir novamente a volta das grandes manifestações. Quem viver, verá!

Fonte: Gildo Araújo
Créditos: Polêmica Paraíba