Opinião

PARAHYBA E SUAS HISTÓRIAS: Praça Pedro Américo - Por Sérgio Botelho

Ontem, segunda-feira, 19, nós falamos, neste espaço, sobre a Praça Aristides Lobo, vizinha de época da Praça Pedro Américo, sobre a qual discorremos, hoje. A Praça Pedro Américo homenageia famoso paraibano de Areia, formado pela Escola Nacional de Belas Artes de Paris, Doutor em Ciências Físicas e Naturais pela Universidade de Bruxelas e bacharel em Ciências Sociais pela Sorbonne, que, entre outras façanhas alcançadas nas artes plásticas, criou para sempre a imagem do Grito da Independência de Dom Pedro I.

Foto: Internet

Ontem, segunda-feira, 19, nós falamos, neste espaço, sobre a Praça Aristides Lobo, vizinha de época da Praça Pedro Américo, sobre a qual discorremos, hoje. A Praça Pedro Américo homenageia famoso paraibano de Areia, formado pela Escola Nacional de Belas Artes de Paris, Doutor em Ciências Físicas e Naturais pela Universidade de Bruxelas e bacharel em Ciências Sociais pela Sorbonne, que, entre outras façanhas alcançadas nas artes plásticas, criou para sempre a imagem do Grito da Independência de Dom Pedro I.

Principalmente por isso, mas também por outros quadros (Batalha do Avaí, Tiradentes Esquartejado, Fausto e Margarida, Paz e Concórdia etc), é um dos paraibanos mais ilustres do Brasil, com sucesso também no exterior. As duas praças constituíam no passado mais remoto o Campo do Conselheiro Diogo (Diogo Velho Cavalcante de Albuquerque, construtor da Ferrovia Conde D’Eu, e figura prestigiada no II Império).

Após a construção do atual edifício do Comando da Polícia Militar da Paraíba, primeiro em dois andares, depois aumentado para quatro, o espaço todo ficou dividido em dois. O que passou a ser conhecido como Praça Pedro Américo foi o do lado oeste, tendo em seus limites atuais prédios icônicos da história da cidade, a exemplo do próprio edifício do comando militar, o do Quartel da PM, o que serviu por décadas aos Correios e Telégrafos e o do Teatro Santa Roza. Embora sem a mesma frequência da vizinha Aristides Lobo, a Pedro Américo também contou há tempos com a presença de fotógrafos lambe-lambes a atender principalmente as pessoas interessadas em fotos mais urgentes para documentos.

O Campo do Conselheiro Diogo representou o que se podia chamar de área central da cidade, na época, o meio do caminho entre a cidade baixa e a cidade alta. Dessa forma, a transformação do campo em praças estilosas, do ponto de vista arquitetônico, e destinação ao convívio social fez parte, no início do Século XIX, da cidade de Parahyba do Norte que se ia construindo pouco a pouco, especialmente a partir da República.

Ao mesmo tempo que as construções eram alinhadas, a urbe se eletrificava e as calçadas e leitos das ruas deixavam de ser destino das águas das chuvas escoadas pelos beirais dos telhados, além de destino de esgotos particulares. Quando não, espaços para criação de porcos. Com as praças Pedro Américo e Aristides Lobo a cidade continuava subindo e se modernizando.

Enfim, revelando de forma eloquente como os prédios, praças e ruas são documentos que fortemente revelam o nosso passado, os quais devemos estar sempre procurando ler para atinar melhor a respeito da construção de nossa morfologia urbana e de nossa história.

Fonte: Sérgio Botelho
Créditos: Polêmica Paraíba