revolução francesa

É BI: Seleção francesa bate Croácia e garante título da Copa de 2018

Assim como em 1998, a França venceu a Copa do Mundo com a força na bola parada como protagonista. Neste domingo (15), com novamente precisão cirúrgica nesse tipo de lance e um segundo tempo de autoridade, os franceses bateram a Croácia por 4 a 2, no Luzhniki Stadium, em Moscou, para se juntar ao seleto clube das seleções com dois ou mais títulos mundiais.

Mandzukic (contra) e Griezmann, na etapa inicial, fizeram para a França, que ainda contou com gols de Pogba e da sensação Mbappé em uma final cheia de bolas na rede. Perisic e o mesmo Mandzukic, agora a favor, anotaram para os vice-campeões.

Diante de 78 mil torcedores, a França de Didier Deschamps, campeão como treinador e jogador, conquistou o título para referendar a quantidade enorme de bons jogadores que revelou para o mundo após uma década que começou turbulenta com Raymond Domenech e que teve a frustração de perder uma Eurocopa em casa há dois anos.

O melhor: Griezmann e seu pé esquerdo acabam com a Croácia

KAI PFAFFENBACH/REUTERS
Griezmann se destacou na decisão sendo novamente decisivo para a FrançaImagem: KAI PFAFFENBACH/REUTERS

O homem das bolas paradas decidiu novamente. Griezmann acertou um cruzamento venenoso, que Mandzukic colocou contra as próprias redes, bateu o escanteio e o pênalti que se transformaram no segundo gol e ainda ajeitou para Pogba no terceiro.

O pior: Giroud não brilha mais uma vez

A história de 1998 se repetiu também com os centroavantes. Giroud, assim como Guivarch, passou em branco em mais uma apresentação de apenas suor na decisão da Copa.

Mbappé entra em galeria seleta de sub-20 em finais

Carl Recine/Reuters
Mbappe, um dos grandes destaques da Copa do Mundo, apareceu na finalImagem: Carl Recine/Reuters

Com 19 anos e já um dos protagonistas desta Copa do Mundo, Kylian  Mbappé entrou em uma galeria seleta com jogadores dessa idade que atuaram em decisões. Antes dele, só o uruguaio Rubén  Morán (50), Pelé (58) e o italiano Bergomi (82) tiveram a oportunidade e não desperdiçaram: tal qual o francês, ficaram com o título. O jovem do PSG ainda entrou no grupo de Pelé como únicos desta categoria a marcarem em uma final.

Heróis croatas da semi vivem uma montanha russa no Luzhniki

Martin Meissner/AP Photo
Herói da semifinal, Mandzukic desviou contra o próprio gol e abriu o placar para a França na decisãoImagem: Martin Meissner/AP Photo

Com um desvio de cabeça, Mandzukic se tornou o único jogador da história a marcar contra as próprias redes em uma final de Copa do Mundo. Logo ele, que havia feito o gol da classificação no mesmo Luzhniki, contra a Inglaterra. Herói naquele dia, Perisic viveu uma montanha-russa de emoções ainda maior: ele empatou o jogo contra os franceses, mas viu uma bola bater em seu braço e um pênalti acabou sendo marcado contra a Croácia. O centroavante da Juventus, contudo, recolocou os croatas no duelo ao aproveitar falha incrível de Lloris aos 23min da etapa final, mas a reação parou por aí.

França entra para clube dos bicampeões. Leste Europeu segue sem título

Com sua segunda conquista em 20 anos, os franceses se igualaram a Uruguai e Argentina no seleto clube dos bicampeões de mundiais. À frente do país de Zinedine Zidane e Antoine Griezmann, só estão Brasil (5) e Alemanha e Itália (4). Já o Leste Europeu segue a sina de perder finais, como a Tchecoslováquia em 1962 e a Hungria em 1938 e 1954.

Croácia domina a posse. A França leva a melhor pelo alto

Kevin C. Cox/Getty Images
Jogadas pelo alto fizeram a diferença a favor dos franceses; tendência da Copa apareceu na finalImagem: Kevin C. Cox/Getty Images

A etapa inicial em Moscou teve a marca da maior qualidade da Croácia. Foram sete finalizações a uma, 60% de posse de bola, bons lances de Rakitic e Perisic e muito trabalho, principalmente, para Varane, Umtiti e Lloris. Mas na Copa em que a bola parada representa mais de 40% e empurra principalmente os franceses adiante, assim se decidiu. Um gol contra de Mandzukic, um de Perisic e um pênalti assinalado por Griezmann, sempre com a bola parada na origem, marcaram a decisão.

Oi, sumido

Sumido desde a fase oitavas de final, o árbitro de vídeo reapareceu justamente na partida mais esperada do Mundial. Néstor Pitana não hesitou em consultar o VAR depois de a bola desviar no braço de Perisic. Imediatamente ao lance, os franceses reclamaram com o árbitro argentino, que interpretou o ato como punitivo. A Fifa orientou os juízes a assinalarem a infração, como ocorreu em Dinamarca x Austrália e Portugal x Irã.

Pogba e Mbappé definem no 2º tempo para a França

Catherine Ivill/Getty Images
Pogba foi decisivo e anotou o quarto gol da França na decisão deste domingoImagem: Catherine Ivill/Getty Images

Firmes durante toda a Copa, os croatas não conseguiram proteger a meta no segundo tempo. A França encontrou muitos espaços, sempre com Griezmann como o mais inteligente a ocupa-los. Símbolos de duas diferentes e promissoras gerações francesas decidiram a final: Pogba tentou de direita, mas sorriu quando a bola voltou para a canhota e marcou de fora aos 13min. Mbappé, também de fora da área, fez o quarto aos 19min.

Pixotada de Lloris coloca emoção nos minutos finais

A parada parecia definida para a França, e de fato se provou que estava. Mas, com vantagem de 4 a 1 no placar, o goleiro e capitão Hugo Lloris se permitiu um erro infantil que reacendeu os croatas. Na saída de bola, ele tentou driblar Mandzukic, que tocou com o pé direito na bola e recolocou emoção no Luzhniki.

FICHA TÉCNICA
FRANÇA 4 x 2 CROÁCIA

Local: Estádio Luzhniki, em Moscou (Rússia)
Data: 15 de julho de 2018 (domingo)
Horário: 12h (de Brasília)
Árbitro: Néstor  Pitana (Argentina)
Assistentes: Hernan Pablo Maidana e Juan Pablo Belatti (ambos da Argentina)
Cartões Amarelos: Kanté e Hernández (França)

Gols:
FRANÇA: Mandzukic (contra), aos 18min do 1º tempo; Griezmann, aos 37min do 1º tempo; Pogba, aos 13min do 2º tempo, e Mbappé, aos 19min do 2º tempo
CROÁCIA: Perisic, aos 27min do 1º tempo, e Mandzukic, aos 23min do 2º tempo

FRANÇA: Lloris; Pavard, Varane, Umtiti e Lucas Hernández; Kanté (N’Zonzi) e Pogba; Mbappé, Griezmann e Matuidi (Tolisso); Giroud (Fekir).
Técnico: Didier Deschamps.

CROÁCIA: Subasic; Vrsaljko, Lovren, Vida e Strinic (Pjaca); Rakitic e Brozovic; Rebic (Kramaric), Modric e Perisic; Mandzukic.
Técnico: Zlatko Dalic.

Fonte: UOL
Créditos: UOL