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Árbitro da final, argentino foi jogador de basquete, ator e socorrista

 

Jogador de futebol e basquete, professor de educação física, ator em um filme argentino, socorrista e segurança de casa noturna. Você poderia imaginar que este currículo pertence a Néstor Pitana, o árbitro que apitará a final da Copa do Mundo, entre França e Croácia?

“Muitas lembranças vêm à cabeça, figuras, momentos, a família, amigos, os colegas que ajudaram para que eu estivesse aqui. Ser escalado para a final é surpreendente e emocionante”, disse Pitana em entrevista ao site da Fifa.

O árbitro argentino, 43 anos, teve de passar por um longo caminho para chegar onde se encontra hoje. Nascido em Corpus Christi, um povoado de 3 mil habitantes na província de Misiones, na Argentina, jogou basquete e futebol em vários clubes, apesar da oposição familiar. No basquete, graças ao seu 1,92 m de altura, participou de uma equipe provincial sub-18, enquanto no futebol jogou no Guaraní Antonio Franco e TextilMandiyú,

Em seguida, antes de se dedicar à arbitragem, estudou para dar aulas de educação física, atuou como um carcereiro no filme “La Furia” (1997), trabalhou como socorrista e também como segurança de uma boate. Mais jovem, Pitana mantinha os cabelos muito longos, abaixo da cintura, o que lhe rendeu seu apelido de Pé Grande.

Apenas em 2006 estreou como árbitro na liga de Misiones e depois passou por todas as categorias do futebol argentino, até chegar à primeira divisão já no ano seguinte, em 2007.

Em 2010, Pitana começou sua carreira internacional e em 2014 esteve na Copa do Mundo disputada no Brasil, mas como a seleção argentina chegou à final, não conseguiu cumprir seu sonho de apitar a decisão. Chance que terá quatro anos depois.

“Poucas vezes senti algo assim na vida. Essa sensação, essa emoção. Talvez comparável ao momento em que me avisaram que seria pai”, disse.

Pitana apitou três partidas nesta Copa, entre elas a de abertura, entre Rússia e Arábia Saudita. Será o segundo árbitro a comandar a abertura e a final de um Mundial. O outro também era um argentino: Horácio Helizondo, em 2006. Na final, ele estará acompanhando por seus compatriotas Hernán Maidana e Juan Belatti.

“Para qualquer menino que ama futebol, o sonho é estar na final de uma Copa do Mundo. Esta equipe trabalhou muito para chegar até aqui, conseguimos uma das coisas mais bonitas no mundo da arbitragem. E agora queremos chegar ao ápice disto”, completou. (

Fonte: UOL
Créditos: UOL