SÍNDROME DO DOMINGO À NOITE: entenda quando o descanso pode se tornar um problema

Enquanto para muitos o domingo representa um dia de descanso e lazer, para outros, o final da tarde desse dia específico traz consigo uma sensação de ansiedade e melancolia, conhecida como a “síndrome do domingo”.

Estudos apontam que o domingo é considerado o dia mais infeliz da semana, em contraste com o sábado, que é visto como o auge dos melhores dias. A síndrome do domingo à noite é marcada por uma mistura de desânimo e ansiedade, especialmente após a plenitude do sábado.

O Polêmica Paraíba conversou com a Dra. Flávia Torres Guedes, médica psiquiatra, para compreender melhor os sintomas e características associados a essa síndrome. A médica destacou que pacientes frequentemente relatam melancolia intensa com a iminência do término do período de descanso.

Segundo Dra. Flávia, a síndrome do domingo à noite se destaca de outros transtornos de ansiedade e estresse pela especificidade do seu surgimento. A expectativa pelo retorno à rotina semanal é mais prevalente no domingo, especialmente entre aqueles desmotivados em seus empregos.

Quanto às abordagens terapêuticas, a Dra. Flávia destacou a importância da psicoterapia. Essa modalidade de tratamento visa auxiliar os pacientes na identificação do problema, compreensão de suas origens e adoção de medidas para encontrar motivação.

“A abordagem psicoterápica é a mais utilizada. Ela auxilia na criação de ferramentas para reconhecer o problema, compreender a origem e adotar medidas para encontrar motivações. Clinicamente, é importante encorajar  os pacientes a cultivar hábitos saudáveis e praticá-los no domingo, já que nem sempre as melhorarias no ambiente de trabalho estão ao alcance”, explicou.

A compreensão e gestão da Síndrome do Domingo à Noite ganham relevância, não apenas no âmbito clínico, mas também na promoção de estratégias preventivas e na busca por um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional. A psiquiatria, através de abordagens sensíveis, destaca-se como uma aliada na jornada de compreensão e superação dessa síndrome que impacta a qualidade de vida de muitos.

Dra. Flávia Torres Guedes
CRMPB: 15674

Fonte: Adriany Santos
Créditos: Adriany Santos