Professor em Ciências das Religiões fala sobre intolerância religiosa e implementação do ensino religioso nas escolas

O professor Carlos André Cavalcanti, doutor em Ciências das Religiões, falou na manhã desta segunda-feira (21), durante entrevista à rádio Band News FM Manaíra, sobre a implementação do ensino religioso nas escolas e intolerância religiosa.

Em entrevista, o professor falou sobre a esperança de que haja e harmonia dentro das escolas ao se tratar de religião. “A maior inclinação de esperança que se vê na sociedade brasileira, hoje, para que a escola apresente as diversas religiões como uma forma de harmonia. É possível harmonia, sem hegemonizar dentro da escola uma fala religiosa por parte do professor”, disse.

De acordo com Carlos André, isso não ocorre no Brasil todo. Varia de estado para estado. Nesse sentindo João Pessoa avançou bastante, o estado da Paraíba também avançou. Em outros estados há situações diferentes.

“A situação do Rio de Janeiro por exemplo é muito ruim. Lá a religião é dividida em sala de aula. O Rio de Janeiro é um problema nesse campo, isso foi feito nos governos Garotinho, e hoje  é um grande desafio pra sociedade brasileira avançar no sentido de ter um ensino religioso só, para o país todo, e um ensino religioso que seja republicano laico, moderno, numa sociedade onde ninguém precisa trocar de religião por causa do ensino religioso, mas sim, admitir que os outros existam e ninguém possa ser superior a ninguém criando conflitos religiosos totalmente desnecessário”. relatou.

Para ele, não é possível um ser humano respeitar outro que ele não conhece. A intolerância não só religiosa, mas também as guerras e conflitos sociais, são feitos em cima de estigmas.

A diversidade religiosa vem crescendo em número no Brasil. A quantidade de religiões vem crescendo. Por isso, a intenção e a ação da área de ciências das religiões é formar esse professor que já está por aí.

“O que precisa ser feito de maneira prática, é criar o ambiente necessário para os professores  do ensino religioso, formado nas Ciências das Religiões terem seu espaço. Por outro lado, cultura de paz para aqueles que são adultos e que já estão com concepções formadas a respeito, e nos casos extremos ações judiciais a partir da lei brasileira  que proíbe esse tipo de preconceito”. concluiu, Carlos André.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Adriany Santos