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NÃO SABE COMO INVESTIR?!: veja como a queda da Taxa Selic interfere no seu bolso e aprenda detalhes de investimento com um economista

Foto: Marcelo Júnior / Polêmica Paraíba

No mês de setembro o Banco Central anunciou uma queda na taxa básica de juros, a taxa Selic, que até então estava a 13,25% e agora passa a ser de 12,75%. Segundo avaliação do economista, Diêgo Mendes, essa é uma boa notícia para a população, empresas e mercado. Porém seja com aumento ou queda, é importante entender o que é a Selic e o que a queda dessa taxa implica na vida das pessoas.

Nós conversamos com Diêgo Mendes, que topou tirar todas as nossas dúvidas a respeito do mercado financeiro, onde qualquer mudança atinge diretamente nossos bolsos. O que é a taxa Selic, a inflação, e o que são os investimentos? Essas e outras dúvidas você tira agora.

TAXA SELIC

A taxa SELIC é a taxa básica de juros da economia brasileira e serve de referência para as taxas de juros praticadas no mercado de todo o país. Ela é essencial para manter a inflação dentro da meta oficial e para estabilizar a moeda, evitando a desvalorização do Real Brasileiro. A Selic é sempre definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) e a cada 45 dias, o presidente e diretores da instituição se reúnem com a finalidade de rever a meta da taxa Selic. São dois dias de discussões e análise do cenário econômico do Brasil.

CORTES E IMPACTOS

De acordo com Diêgo Mendes, os últimos cortes efetuados pelo BC foram de 0,50 ponto percentual e isso tem um impacto imediato modesto no custo da tomada de crédito, porém no médio prazo, caso as quedas continuem isso estimulará o consumo, e o investimento produtivo financiados por empréstimos.

“No entanto, aplicações financeiras que remuneram com base na SELIC tendem a se tornar menos rentáveis. Os aplicadores migram em parte para outros ativos financeiros como os de renda variável. Alguns aplicadores também podem migrar seus investimentos financeiros para outros países momentaneamente. Tudo isso, no entanto, depende de outras variáveis macroeconômicas, como geração de emprego, consumo das famílias, taxa de câmbio, investimentos produtivos, essas e outras variáveis precisam ser analisadas em simultâneo, sob pena de se incorrer em um diagnóstico insuficiente das condições atuais de mercado”, afirmou o economista.

INFLAÇÃO

O economista, Diêgo Mendes destacou que a desvalorização do dinheiro é atribuída à inflação, que impacta diretamente no poder de compra. Por exemplo, o que se adquire hoje com R$10 pode não ser obtido pelo mesmo valor se houver um aumento na taxa de inflação. Em outras palavras, é necessário um montante maior para adquirir os mesmos produtos.

Quando a taxa Selic é elevada, observa-se uma redução na circulação de dinheiro no país, o que diminui o poder aquisitivo da população. Com a queda na demanda, os preços e a inflação tendem a declinar. Além disso, os investimentos tornam-se mais atrativos devido aos altos retornos de juros, resultando em uma maior entrada de dinheiro no país.

MELHORES INVESTIMENTOS

Um estudo divulgado pelo E-Investidor, do site Estadão, mostra que com a taxa de juros em 12,75% ao ano, os investimentos de renda fixa mais rentáveis são Letra de Crédito Imobiliário (LCIs), Letra de Crédito do Agronegócio (LCAs) e Debêntures Incentivadas prefixadas em 97% do CDI. Esses três investimentos não têm imposto de renda, o que é uma vantagem em comparação com títulos do Tesouro Direto ou Certificados de Depósito Bancário (CDBs), por exemplo.

O estudo considerou uma estimativa de CDI de 10,93%, com base no contrato de DI futuro, e uma expectativa de inflação de 4,09% em 12 meses, conforme a projeção mais recente do Boletim Focus.

Antes, até mesmo investidores conservadores se sentiam confortáveis com investimentos de renda fixa pós-fixados, pois durante os 12 meses em que a taxa de juros ficou em 13,75% ao ano, era possível garantir um rendimento mensal de mais de 1% com um risco relativamente baixo. Para manter esse nível de retorno agora, é necessário diversificar.

Em períodos de queda de juros, os ativos de renda fixa prefixados, cuja rentabilidade é definida na contratação dos títulos, voltam a ser considerados. Como o mercado já antecipava cortes na taxa de juros desde o final do primeiro semestre, a melhor oportunidade para investir nesses títulos já passou.

 

 

 

Fonte: Adriany Santos
Créditos: Polêmica Paraíba