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Mulher denuncia suposto estupro durante cirurgia em hospital

Uma mulher de 38 anos acionou a Polícia Militar (PM) para denunciar ter sido estuprada no hospital Mater Dei na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Após ser submetida a uma cirurgia, ela diz que, ao urinar, percebeu um líquido diferente que afirma ser esperma. 

Uma mulher de 38 anos acionou a Polícia Militar (PM) para denunciar ter sido estuprada no hospital Mater Dei na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Após ser submetida a uma cirurgia, ela diz que, ao urinar, percebeu um líquido diferente que afirma ser esperma.

A polícia foi acionada logo depois das 19h pelo marido da mulher. O casal deixou o papel higiênico e a “comadre” usada por pacientes guardados como prova. No quadro de anotações do quarto não tinha nenhuma informação sobre a mulher.  O hospital disse que “tomadas todas as providências competentes”, que acompanha e presta todo o auxílio necessário à paciente e sua família, além de aguardar os resultados da perícia.

Ainda segundo o boletim de ocorrência, a mulher alegou que foi levada para a sala de cirurgia por uma enfermeira e lá viu um anestesista e outro homem não identificado. Em nenhum momento ela afirma ter visto o cirurgião. Ao acordar, já na sala de recuperação, a mulher diz ter visto outras pessoas e ficou por lá por um tempo maior, já que teria reportado sentir enjoos ao tomar anestesia geral.

No quarto foi onde a mulher reparou o líquido que ela acredita ser esperma sair junto com a urina, conforme o boletim de ocorrência. Ela também diz ter visto, depois, que o short estava furado e também com vestígios de esperma. Antes da cirurgia, a vítima disse que não tinha nenhuma secreção vaginal e que a última relação foi há uma semana. Ninguém do hospital, segundo ela, coletou o material ou acionou o ginecologista.

A enfermeira ouvida pela polícia disse que o marido da mulher chegou desesperado na enfermaria gritando que a mulher tinha sido estuprada. A responsável pela enfermagem tentou averiguar algum sangramento na região íntima da vítima, que estava úmida devido à urina. Foram acionadas a segurança e a supervisão do local, de acordo com a PM, que explicaram que em nenhum momento a mulher ficou sozinha ou na presença de apenas um homem. O cirurgião endossou a versão à PM. O anestesista disse que teve contato com a vítima na sala de admissão, que foi informado sobre os enjoos e por isso disse que ela ficaria um tempo maior na recuperação.

O hospital possui câmeras de segurança na sala de recuperação e nos corredores. A perícia e o advogado da instituição acompanharam a ocorrência.

Por meio de nota, a Polícia Civil de Minas Gerais informou “que a perícia foi acionada e procedeu com a coleta de material”. “A investigação está sob a responsabilidade da Delegacia Especializada de Investigação a Crimes Sexuais de Belo Horizonte. Detalhes da investigação são sigilosos por se tratar de suposto crime contra dignidade sexual. Não há prazo determinado para o laudo pericial. No entanto, há o prazo de 30 dias para a conclusão do inquérito policial, podendo ser dilatado com autorização judicial”, diz o comunicado.

Veja na íntegra a resposta do Mater Dei:

Informamos que, ao tomarem conhecimento da denúncia, a vice-presidente assistencial, o diretor de operações e a gerente geral imediatamente se deslocaram ao Hospital e receberam as Polícias Civil e Militar e a equipe de perícia, tendo sido tomadas todas as providências competentes. Estamos acompanhando e prestando todo o auxílio necessário à paciente e sua família e aguardando os resultados da perícia.

A Rede Mater Dei tem 42 anos de existência e sua marca é a transparência e a ética. Continuaremos à disposição tanto da família quanto das autoridades competentes para que o caso seja apurado minuciosamente.

Fonte: O Tempo
Créditos: Polêmica Paraíba