O julgamento da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF) começou com um momento de tensão nesta quarta-feira (3). O ministro Alexandre de Moraes havia iniciado a leitura de seu voto há apenas sete minutos quando o ministro Fux sinalizou uma possível divergência em relação ao relator.
Moraes se preparava para analisar as preliminares suscitadas pelas defesas quando Fux pediu a palavra, afirmando que “voltaria a elas” quando fosse o momento de se manifestar. “Desde o recebimento da denúncia, por uma questão de coerência, eu sempre ressalvei e fui vencido nessas disposições”, declarou Fux, indicando que repetirá a discordância manifestada em março.
Notícias Relacionadas
Em resposta, Moraes lembrou que várias das preliminares apresentadas na denúncia já haviam sido afastadas por unanimidade na ocasião, inclusive com voto de Fux, com exceção da questão sobre a competência da Primeira Turma. É justamente nesse ponto que Fux deve reiterar sua divergência. Para ele, a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado deveria ser julgada pelo plenário, com o quórum completo do STF, e não pela Turma, composta por um colegiado menor.
O ministro Fux é o terceiro a se manifestar na sequência de votação. Antes dele, votaram Alexandre de Moraes e o ministro Flávio Dino. Após a manifestação de Fux, o julgamento seguirá com os votos da ministra Cármen Lúcia e do presidente do colegiado, Cristiano Zanin.
