vacina contra covid

Irresponsabilidade tem limite, diz Maia ao criticar "atraso" em vacinação

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou hoje que a "irresponsabilidade" tem "limite" ao ser questionado sobre o fato de o Brasil ainda não ter iniciado a vacinação contra a covid-19,

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou hoje que a “irresponsabilidade” tem “limite” ao ser questionado sobre o fato de o Brasil ainda não ter iniciado a vacinação contra a covid-19 e disse que “felizmente” o governo assumiu a importância da vacina CoronaVac, produzida por um laboratório chinês em parceria com o Instituto Butantan.

Ontem, o Ministério da Saúde anunciou ter assinado um contrato com o Butantan, em São Paulo, para receber 46 milhões de doses da CoronaVac até abril e mais 54 milhões de doses até o fim do ano. O Butantan é ligado ao governo estadual de São Paulo. Este, por sua vez, é comandado pelo rival político do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o governador João Doria (PSDB).

Durante visita a Teresina, no Piauí, uma jornalista perguntou a Maia como enxerga a “demora” na vacinação e a “resistência” à CoronaVac. “Finalmente, o governo [federal] aceitou. É questão política, é técnica?”, questionou a repórter.

“Acho que a coragem tem sempre limite, né? E a irresponsabilidade, felizmente, também. Com perdas de vidas. Porque a cada dia de atraso na vacinação, temos mil mortes por dia. Cada dia de atraso é um número grande de mortos, de vidas brasileiras que estamos perdendo. Então, foi uma irresponsabilidade grande. Na narrativa continua sendo uma irresponsabilidade grande em relação à saúde dos brasileiros. Mas, felizmente, ontem, no dia em que infelizmente chegamos a 200 mil mortes, o governo resolveu, então, pela primeira vez, assumir a importância da vacina do Butantan, que é a que está pronta, aprovada [ainda não liberada pela Anvisa]”, declarou Maia.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recebeu hoje o pedido de uso emergencial do Instituto Butantan para a CoronaVac. Mais tarde, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) também fez o pedido de autorização para o uso emergencial de 2 milhões de doses prontas da vacina de Oxford/AstraZeneca que serão importadas da Índia.

O uso emergencial permite a vacinação em grupos de risco como idosos, indígenas e profissionais da saúde. Para ambos os casos, a Anvisa estima que a análise deve levar até dez dias.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Uol