VACINA

Governo de SP anuncia início da produção da Coronavac no Instituto Butantan

Doria disse que o Butantan passará a funcionar 24 horas por dia, 7 dias por semana, para conseguir atender a demanda de produção da vacina.

Vista de una dosis de la vacuna de Sinovac contra el coronavirus, en fase tres de prueba, el 5 de agosto de 2020, en el Hospital Universitario de Brasilia (Brasil). EFE/ Andre Borges/Archivo

O governo de São Paulo informou nesta quinta-feira (10) que o Instituto Butantan já começou a produção da vacina Coronavac em sua fábrica.

Em entrevista coletiva na sede da farmacêutica, na zona oeste da capital paulista, o governador João Doria (PSDB) afirmou que a produção do imunizante em território brasileiro foi iniciada na quarta-feira (9).

“O Instituto Butantan iniciou ontem [quarta-feira], aqui na sua sede, a produção da vacina Coronavac em São Paulo. Esta é a produção brasileira, do Butantan, que com insumos que viaram da Sinovac”, disse o governador.

“Um momento histórico, que orgulha todos nós, brasileiros. O Butantan, mais uma vez, sai à frente começa a produzir no Brasil uma vacina que vai salvar milhões de brasileiros.”

Doria disse que o Butantan passará a funcionar 24 horas por dia, 7 dias por semana, para conseguir atender a demanda de produção da vacina. Para isso, serão contratados mais 120 técnicos que se juntarão aos 245 já envolvidos na fabricação do imunizante.

“Com isso, a capacidade de produção da vacina chegará a 1 milhão de doses por dia. Não é só São Paulo que tem pressa. É o povo brasileiro, que quer voltar à normalidade, e o novo normal depende da vacina, segura, eficaz, com credibilidade”, disse o tucano.

Ele também informou que outros 11 estados e 912 municípios de todo o país já manifestaram formalmente interesse em adquirar doses da vacina.

Primeira vacina produzida no Brasil
Ao falar sobre o início da produção da Coronavac, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse que, assim como os demais funcionários, estava emocionado por produzir a primeira vacina contra o novo coronavírus em solo nacional.

“Primeira vacina no Brasil, brevemente disponível para vacinação e fruto de todo o esforço que realizamos desde o começo deste ano”, disse Covas.

Ele disse que as doses da Coronavac são produzidas em uma fábrica do Butantan já certificada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), onde são produzidas outras 7 vacinas – incluindo a da Influenza – e 13 soros.

A Coronavac, imunizante contra Covid-19 que está na fase final de testes, é desenvolvido pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Butantan.

Na semana passada, o estado de SP recebeu cerca de 600 litros de insumos para produção de mais de 1 milhão de doses da Coronavac. Em 19 de novembro, chegou ao Brasil o primeiro lote de doses prontas da vacina, vindas da China. A carga era de 120 mil doses, suficientes para vacinar 60 mil pessoas.

Na segunda-feira (7), Doria anunciou os detalhes do Plano Estadual de Imunização contra a Covid-19 e afirmou que a vacinação no estado começará em 25 de janeiro.

Na primeira fase de vacinação, o estado pretende imunizar trabalhadores da saúde, indígenas, quilombolas e também todas as pessoas com 60 anos ou mais.

Contrato com municípios de SC
Também nesta quinta-feira, o Butantan assinou protocolo de intenções com a Federação Catarinense de Municípios (Fecam), para fornecimento de doses da Coronavac. O acordo será assinado no Centro Administrativo do Butantan.

Na quarta-feira (9), a prefeitura de Belo Horizonte anunciou acordo semelhante com o Butantan para garantir a imunização da população do município contra a Covid-19. A medida visa adquirir a Coronavac do órgão paulista quando ela for aprovada pela Anvisa.

O valor das doses que poderão ser adquiridas pelos municípios de Santa Catarina ainda será definido.

A formalização do acordo foi celebrada pelo presidente da Fecam e prefeito de Rodeio (SC), Paulo Roberto Weiss, e pelo diretor do Butantan, Dimas Covas. Após a cerimônia, a comitiva realizou um tour pelo complexo de laboratórios e fábricas do Instituto.

Fonte: CNN Brasil
Créditos: CNN Brasil