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Fake news disparada por Bolsonaro foi compartilhada por Cabo Gilberto e outros aliados golpistas do ex-presidente 

Foto: reprodução

 

De acordo com a Polícia Federal, o texto disparado pelo ex-presidente Bolsonaro, foi parar nas redes sociais de aliados que, abertamente, pediram, meses depois, um golpe de Estado para impedir a posse do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Uma das pessoas que disseminou o texto foi o deputado federal da Paraíba, Cabo Gilberto Silva. Ele é investigado por suposto apoio aos atos antidemocráticos do dia 8/1 deste ano.

Um Levantamento enviado para o blog de Daniela Lima, pelo professor da USP e colunista do Globo Pablo Ortellado mostra que o primeiro a replicar em rede social o texto de Bolsonaro foi o militar da reserva Ailton Barros, hoje preso por envolvimento na fraude de cartões de vacinação operada por Mauro Cid.

Ortellado cruzou o texto enviado por Bolsonaro ao empresário Meyer Nigri e relevado ontem pelo blog com o banco de dados do Facebook. Ele encontrou três publicações do post, minutos após a ordem de Bolsonaro para “repassar ao máximo” um ataque contra ministros do Supremo, do Tribunal Superior Eleitoral, às urnas e aos institutos de pesquisas.

Ailton Barros chega a replicar a ordem para repasse em massa da fake news. Ele publica o texto enganoso dez minutos após o disparo de Bolsonaro. Segundo as investigações já registraram, Barros escreveu a Cid apelando para que ele convencesse o ex-presidente a decretar a ação das Forças Armadas por um golpe.

Na decisão que ampliou as investigações sobre o disparo de mensagens com fake news a empresários, o ministro Alexandre de Moraes não deixa espaço para dúvidas de que o remetente foi mesmo Bolsonaro. “Há necessidade da continuidade das diligências, pois o relatório da Polícia Federal ratificou a existência de vínculo entre ele e o ex-Presidente Jair Bolsonaro, inclusive com a finalidade de disseminação de várias notícias falsas e atentatórias à Democracia e ao Estado Democrático de Direito”, escreve o ministro.
O texto com ataques às instituições também foi replicado por um candidato ao Senado pelo PL do Amazonas que frequentava acampamento golpista no Estado. Ele não se elegeu.

Fonte: G1 – Por Daniela Lima
Créditos: Polêmica Paraíba