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Empreiteiras pagaram até R$ 13 mil por mês à milícia em 'taxas de segurança', aponta MP

O Ministério Público do Rio (MPRJ), através da Operação Dinastia, descobriu que empreiteiras que fazem construções em bairros da Zona Oeste sofrem extorsão de milicianos liderados por Luis Antonio da Silva Braga, o Zinho. Obras realizadas pela prefeitura do Rio também foram alvos de extorsões. Em conversas obtidas através de quebra de sigilo dos homens de confiança do miliciano, identificados como Jhonatas Rodrigues Medeiros, o Pardal, atualmente considerado foragido, e William Pereira de Souza, os investigadores chegaram até as tabelas de controle da "taxa de segurança".

Foto: Reginaldo Pimenta / Agencia O Dia

O Ministério Público do Rio (MPRJ), através da Operação Dinastia, descobriu que empreiteiras que fazem construções em bairros da Zona Oeste sofrem extorsão de milicianos liderados por Luis Antonio da Silva Braga, o Zinho. Obras realizadas pela prefeitura do Rio também foram alvos de extorsões. Em conversas obtidas através de quebra de sigilo dos homens de confiança do miliciano, identificados como Jhonatas Rodrigues Medeiros, o Pardal, atualmente considerado foragido, e William Pereira de Souza, os investigadores chegaram até as tabelas de controle da “taxa de segurança”.

Em um dos documentos é possível ver que empresas chegam a pagar cerca de R$ 13 mil por mês aos criminosos. Após concluídas as obras, a extorsão passa a ser feita diretamente ao condomínio, que repassam os valores aos moradores. Nas tabelas de controle da milícia, foram encontradas as datas de pagamento e o valor recebido.

O MPRJ também identificou que a milícia de Zinho arrecadou mais de R$ 308 mil com cobranças de “taxas de segurança” a construtoras apenas no mês de fevereiro.

Procurada, a Prefeitura do Rio disse que “tem ciência dessas intimidações feitas tanto pelo tráfico quanto pela milícia e sempre orienta as empresas para que denunciem”. Em agosto deste ano, por exemplo, funcionários da empresa Lytorânea que trabalhavam nas obras do Bairro Maravilha Sandá, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, foram agredidos por criminosos e o registro foi feito na delegacia. “O município também já tomou outras providências, como a retirada do valor investido das placas de obras”, afirmou a prefeitura.

Segunda fase da Operação Dinastia

A PF e MPRJ realizaram, nesta terça-feira (19), a segunda fase da Operação Dinastia, que teve o objetivo de prender Zinho e outros 11 integrantes de seu ‘bando’. Cinco pessoas foram presas na operação. São eles: Alessandro Calderaro, Delson Xavier de Oliveira, Jaaziel de Paula Ferreira, Renato de Paula da Silva e William Pereira de Souza.

Também foram apreendidos documentos, armas de fogo e diversos celulares. Os agentes foram às ruas para cumprir 12 mandados de prisão preventiva e 17 mandados de busca e apreensão contra integrantes da milícia que atua em territórios da Zona Oeste do Rio de Janeiro. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ).

Ao todo, foram cinco pessoas presas, quatro armas de fogo apreendidas, sendo um fuzil e três pistolas, além de um simulacro de arma. Os policiais também apreenderam R$ 3 mil em espécie, celulares, computadores, mídias e documentos diversos.

 

Fonte: O Dia
Créditos: Polêmica Paraíba