O Supremo Tribunal Federal (STF) caminha para uma decisão histórica: o destino do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no processo da trama golpista. O julgamento acontece na Primeira Turma da Corte e deve ser concluído até sexta-feira (12).
Se condenado, caberá ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, definir onde Bolsonaro vai cumprir pena. Três opções estão sobre a mesa: a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, uma cela especial no Complexo da Papuda ou um quartel do Exército — sendo esta última considerada pouco provável nos bastidores do STF.
A defesa do ex-presidente, que tem 70 anos, já articula uma estratégia para tentar converter a prisão em domiciliar. O argumento será a fragilidade da saúde de Bolsonaro, depois de esgotados todos os recursos.
Como está o julgamento
Na terça-feira (9), Moraes e Flávio Dino votaram pela condenação de Bolsonaro e dos outros sete réus apontados como núcleo central da tentativa de golpe. Nesta quarta-feira (10), Luiz Fux divergiu e votou pela absolvição do ex-presidente.
Agora, falta apenas um voto pela condenação para que se forme maioria. Os dois ministros restantes, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, vão apresentar seus votos até o fim do julgamento.
Quando poderia ser preso
Aliados de Bolsonaro avaliam que, mesmo em caso de condenação, uma prisão para início do cumprimento de pena só seria efetivada em novembro.
Atualmente, o ex-presidente está em prisão domiciliar desde o início de agosto, por descumprir medidas cautelares impostas por Moraes.