28 de junho

Dia do Orgulho LGBT: uma história de luta contra o preconceito e a violência

O Dia do Orgulho LGBT é celebrado no dia 28 de junho. A data, instituída em 1970, nasceu para marcar a luta de pessoas LGBT contra o preconceito e a violência, além de reforçar o orgulho que sentem por serem exatamente como são.

Mais de 50 anos depois que a Revolta de Stonewall tomou ruas de Nova York pedindo o fim da violência policial contra LGBTIs (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e intersexuais), a celebração do Dia do Orgulho LGBTI, comemorado hoje (28), ocupará as redes sociais para manter o distanciamento social em meio à pandemia de covid-19. No Brasil, mais de 30 associações e entidades que reivindicam o respeito à diversidade sexual e de gênero promoverão, a partir das 14h, o Festival de Cultura e Parada Online do Orgulho LGBTI Brasil, que poderá ser acompanhado nas redes sociais.

A história por trás do Dia do Orgulho LGBT
O termo homossexualidade é uma invenção do final do século XIX. “Isso não quer dizer que a homossexualidade, as práticas sexuais e afetivas entre pessoas do mesmo sexo surgiram nessa época”.

No entanto, foi justamente nesse período que a medicina decidiu dar um nome a essas afetividades. “A homossexualidade não recebeu um nome porque era vista como algo legal. Ele recebeu um nome porque era vista como uma doença, uma patologia”.

A partir dessa nomeação, a homossexualidade, então, começou a ser tratada a partir de três matrizes principais nas diferentes sociedades: como uma doença, um pecado ou um crime. E essas três matrizes podem existir em diferentes formatos e combinações. “No Brasil, por exemplo, a homossexualidade nunca foi um crime, mas ela foi vista como pecado e como doença”.

“Então a história da homossexualidade é marcada por esses três fantasmas: o fantasma da medicina, o fantasma da justiça e o fantasma da religião – principalmente das religiões cristãs”.

A Parada LGBTI Brasil será a segunda parada virtual celebrada no Brasil no mês do orgulho LGBTI. No dia 14 de junho, a Associação da Parada LGBT de São Paulo promoveu seu ato online no mesmo dia em que estava marcada a tradicional parada da Avenida Paulista. Vice-presidente da associação, Renato Viterbo conta que o número de visualizações da transmissão chegou a 11 milhões. “Foi uma ação para não deixar a data sem nenhuma atividade, e um meio de levar à nossa comunidade um alento diante de tudo que está acontecendo”, afirma ele.

Apesar da edição virtual, a parada LGBTI de São Paulo ainda pode ter uma versão física, que, por enquanto, está prevista para novembro. Entretanto, as chances de isso se concretizar ainda dependem da contenção da pandemia.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba