Investigações

CPI da Pandemia: Randolfe prevê início na quinta (22) e quer começar ouvindo cientistas e médicos

Líder da oposição no Senado também defendeu investigação de uso de verbas federais por estados e municípios

Autor do pedido para instalação da CPI da Pandemia e cotado para a vice-presidência, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) defendeu que a investigação comece ouvindo cientistas e médicos para que se possa compreender “as razões que nos levaram a essa situação de atoleiro sanitário”, nas palavras do senador. Em entrevista à CNN na noite do domingo (18), o parlamentar argumentou pelo caráter histórico da CPI, defendeu que se investigue o uso de verbas federais por estados e municípios no combate à pandemia, e afirmou que a comissão deve ser instalada na próxima quinta-feira (22).

“Temos que iniciar essa Comissão Parlamentar de Inquérito ouvindo os melhores microbiologistas do país, os melhores biólogos do país, os melhores epidemiologistas do país, os melhores cientistas, os melhores especialistas em medicina sobre o tema, os melhores infectologistas do país. Os erros cometidos até agora não podem ser cometidos na apuração das razões que nos trouxeram até aqui”, disse Randolfe.

Senadores de oposição e os considerados independentes trabalham em um acordo que coloque na presidência da CPI o senador Omar Aziz (PSD-AM), e na relatoria o senador Renan Calheiros (MDB-AL). O governo federal fez pressão para que estes nomes não fossem escolhidos, mas, no sábado (17), o líder do governo no Senado, Bezerra Coelho (MDB-PE) telefonou para integrantes da comissão e, em nome do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), disse que o Planalto não mais tentaria vetar indicações, segundo informações da CNN.

Randolfe disse que está participando da construção de um acordo para as indicações e que esse acordo já abrange “o que parece ser a maioria dos membros da CPI”. Ainda assim, afirmou que não quer “antecipar nada antes de ser formalizado”. Ele defendeu que a CPI adote o modelo de estabelecer sub-relatorias, uma maneira, segundo o senador, de dar celeridade às investigações de forma que não seja necessária a prorrogação da CPI, que, segundo o regimento do Senado, funcionará por 90 dias a partir da sua instalação. O modelo, disse Randolfe, “é natural pela amplitude” da investigação.

Fonte: CNN
Créditos: Polêmica Paraíba