Cenários

AS CONTAS DO GOVERNADOR: João Azevêdo soma apoios e pré-candidatos de sobra para definir chapa em 2022

As eleições de 2022 só acontecem em outubro do próximo ano, mas muito se especula sobre quem irá disputar o pleito a nível estadual. E dentro dessa discussão, o nome e chapa mais lembrados estão ligados ao governador João Azevêdo (Cidadania), que disputará a reeleição.

A preço de hoje, João soma apoio de pelo menos oito partidos: PT, Progressistas, MDB, Republicanos, Avante, Democratas, PDT e Podemos, que devem influenciar na escolha dos dois cargos vagos na chapa majoritária do governador. Contudo, hoje são mais de dois os pretendentes a figurar na chapa, e o governador terá então que fazer as contas para definir quem escolherá.

Vice-governador

Primeiro, para a vaga de vice-governador, os nomes mais lembrados são os da secretária estadual da Articulação Municipal e do Desenvolvimento Social, Ana Cláudia (Podemos) e do presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Adriano Galdino (PSB), que na próxima janela partidária irá se filiar ao Avante.

Além da influência do próprio Podemos, cabe também lembrar que o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), presidente estadual da sigla, pode pleitear a vaga de vice para Ana Cláudia, sua esposa. Veneziano e MDB estadual já declararam apoio à reeleição de Azevêdo.

Já Adriano é conhecido por sua capacidade de articulação, e não é novidade para ninguém a afinidade que existe entre Galdino e João. O deputado estadual licenciado e secretário de Desenvolvimento Social de João Pessoa, Felipe Leitão (Avante), presidente municipal da sigla em João Pessoa, disse em entrevista recente que o partido irá “brigar”, no bom sentido, para que Galdino seja o candidato a vice-governador na chapa.

Há quem especule ainda que o próprio Veneziano venha a se postular a vice-governador. Galdino já reconheceu em entrevistas o tamanho do MDB e que a sigla também tem condições de figurar no posto, e o próprio teria dito que abriria mão da vaga caso Vené fosse escolhido. Naturalmente, a situação seria a mesma por parte de Ana Cláudia.

Uma quarta possibilidade de nome que pode surgir para essa vaga poderia vir do Sertão do estado. Circula nos bastidores que existe um pacto entre os políticos locais para que um deles represente a região. O nome ainda não estaria definido, mas o deputado federal Hugo Motta (Republicanos), filho do prefeito de Patos, Nabor Wanderley (Republicanos), é lembrado por se encaixar nesse perfil. Nabor recebeu apoio de Azevêdo para sua candidatura vitoriosa à prefeitura da cidade em 2020.

Senador

Para o Senado, a concorrência hoje concentra-se em dois nomes: os deputados federais Efraim Filho (DEM) e Aguinaldo Ribeiro (PP). Coordenador da bancada federal da Paraíba, Efraim foi o primeiro a colocar seu nome como opção à única vaga em disputa para o Senado. Efraim recebeu apoio importante para sua corrida, vindo do senador Veneziano, além de mais de 100 prefeitos do Estado.

Do outro lado, aparece Aguinaldo Ribeiro e o Progressistas, partido que recebeu o apoio do governador nas eleições para a prefeitura de João Pessoa em 2020, quando Cícero Lucena (PP), aliado político de João, foi eleito prefeito.

Contudo, ambos são considerados parlamentares governistas a nível nacional, e o recente aval dado pelo diretório nacional do Cidadania a João Azevêdo para que possa apoiar a candidatura do ex-presidente a Lula (PT) à presidência em 2022 gera o risco de afastar os dois do palanque de João Azevêdo.

PDT e PT

O PT, partido que integra a base do governador, poderia se beneficiar com a situação acima citada. O apoio de João a Lula poderia abrir as portas para um candidato do partido ao Senado, porém a possibilidade é menos comentada nos bastidores.

Já o PDT, que também integra a base do governador, tendo inclusive em Lígia Feliciano (PDT) a atual vice-governadora, deverá lançar Ciro Gomes para a presidência da República, o que faria com que ela (que não pode mais se candidatar a vice) e seu esposo, o deputado federal Damião Feliciano (PDT) o apoiassem em 2022 em vez de Lula, deixando assim os Feliciano e João Azevêdo em palanques diferentes.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba