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Sindicalistas repudiam reformas de Temer e conclamam a população a paralisar atividades na próxima sexta-feira

O presidente da Central Única dos Trabalhadores, Paulo Marcelo, a jornalista Amara Alcântara, a representante da Federação dos Trabalhadores na Agricultura, Rejane da Costa, e o presidente da Nova Central Sindical, Antonio Everaldo, debateram a organização e a importância da greve geral, marcada para o dia 28 de abril, próxima sexta-feira.

Em mesa redonda realizada no programa Master News, da TV Master, os convidados falaram do grande ato de protesto contra as propostas de reformas da Previdência e Trabalhista.

Para Paulo Marcelo, é importante conscientizar as pessoas que a aprovação da reforma representa a perda de direitos, “nunca tivemos situação de pleno emprego no Brasil, vivemos em um país de alta rotatividade, no campo e na cidade, aí agora chega um governo, que não discute a proposta, e quer forçar trabalhadores rurais a contribuir por 25 anos, sem levar em consideração que são pessoas que trabalham desde os sete anos de idade”, relatou.

Ele cobrou dos parlamentares que mobilizem os deputados federais e senadores para impedir que a reforma trabalhista seja aprovada, “não duvido que passe, estou muito apreensivo que os deputados aprovem a reforma trabalhista até o dia 28, mas tenho certeza que se ficar para depois, ela terá muito mais dificuldade de passar”, opinou.

Amara Alcântara destacou o momento histórico que o Brasil vive e pontuou que é muito importante para a juventude, que vive, muitas vezes, alheias a situação do país. Ela falou sobre a importância de debater os projetos que vão mudar a vida das gerações atuais e das próximas. A jornalista conclamou os jovens a participarem mais das mobilizações e dos projetos que mexem com a vida dos brasileiros.

Antônio Everaldo lembrou que reformas são feitas para melhorar algo que está funcionando, mas o que o governo Michel Temer está fazendo, segundo ele, é deixar “o povo sem conseguir alcançar o grande prejuízo que essas propostas trazem”. Ele elencou vários direitos conquistados pelos trabalhadores as custas de muita luta e falou sobre alguns itens que mudam com a reforma, “direitos como licença maternidade, pensão após a morte do companheiro, seguro desemprego e outros mais que serão perdidos com a reforma e os votos estão sendo trocados por empregos e outros benefícios”, disse.

Everaldo falou sobre as manifestações feitas no Congresso Nacional, contra a tramitação da reforma da previdência e as críticas aos políticos envolvidos em corrupção, que analisam o projeto.

Rejane da Costa reclamou da forma como a mídia nacional tem noticiado a tramitação das reformas, para ela, é muito comum ver pessoas favoráveis as mudanças, sem citar os malefícios que os projetos trazem para o povo trabalhador, que já sofre bastante com condições de trabalho, muitas vezes, inadequadas, e ainda se deparam com a falta de debate.
Créditos: Polêmica Paraíba