Caos na saúde

Primeiros médicos inscritos para substituir cubanos querem atuar em capitais

Dos dez primeiros médicos brasileiros que se inscreveram nesta quarta-feira (21) para as 8.517 vagas deixadas pelos cubanos

O Ministério da Saúde abriu novo edital com 8.517 vagas

Dos dez primeiros médicos brasileiros que se inscreveram nesta quarta-feira (21) para as 8.517 vagas deixadas pelos cubanos, cinco deles escolheram atuar em capitais e municípios de regiões metropolitanas.

NOVO CEP

Apenas um município escolhido é considerado de extrema pobreza. Outro está em área vulnerável e um terceiro em uma cidade com até 50 mil habitantes.

INVASÃO

O Ministério da Saúde recebeu mais de 1 milhão de acessos simultâneos no momento da abertura das inscrições. Segundo a pasta, o número representa mais do que o dobro de médicos em atuação no país e pode ser considerado ataque cibernético.

EXAME

A Comissão de Saúde na Câmara Municipal de SP vai pedir à prefeitura informações sobre as regiões da capital que serão mais afetadas com a saída de médicos cubanos da rede pública.

REFLEXO

A Secretaria Municipal da Saúde afirma que o impacto será mínimo, já que dos cerca de 13 mil médicos da rede municipal, 72 são cubanos. De acordo com a pasta, “estão asseguradas as escalas e atendimentos nos equipamentos de saúde da capital”.

VENDE-SE

E um grupo de médicos cubanos de Guarulhos se organizou para vender móveis e eletrodomésticos antes de deixarem o país. A página do Facebook Desapego Mais Médicos Cubanos foi criada por Ernesto Nascimento, que tinha dois anos quando foi preso e classificado como subversivo pela ditadura militar.

BEM-VINDOS

Nascimento morou 16 anos em Cuba e trabalha “há muitos anos” no Movimento Guarulhense de Solidariedade a Cuba. “Recepcionamos os primeiros médicos cubanos que chegaram na cidade. Fizemos chá de cozinha e doações. Agora, com essa ruptura brusca, também houve uma forte mobilização da população.”

Fonte: Folha
Créditos: Folha