Petistas acusam o presidente da CPI da Petrobras Hugo Motta de golpe

Em uma sessão tensa, deputados petistas integrantes da CPI da Petrobras acusaram, hoje, o deputado Hugo Motta (PMDB) presidente da CPI e o colegiado de aplicarem um “golpe” e uma “manobra” na semana passada para conseguir aprovar a convocação do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto. Irritados, eles reclamaram que a aprovação se deu justamente durante uma breve interrupção da votação no plenário principal da Casa, que durou 13 minutos. Pelo regimento interno, não pode haver votações nas comissões enquanto tiver votação no plenário, chamada de ordem do dia.

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Em uma sessão tensa, deputados petistas integrantes da CPI da Petrobras acusaram, hoje, o deputado Hugo Motta (PMDB) presidente da CPI  e o colegiado de aplicarem um “golpe” e uma “manobra” na semana passada para conseguir aprovar a convocação do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto.

Irritados, eles reclamaram que a aprovação se deu justamente durante uma breve interrupção da votação no plenário principal da Casa, que durou 13 minutos. Pelo regimento interno, não pode haver votações nas comissões enquanto tiver votação no plenário, chamada de ordem do dia.

Durante a suspensão temporária dos trabalhos no plenário, os deputados da CPI, então, aproveitaram para votar, de uma só vez, 140 requerimentos, a maior parte contrária ao PT, incluindo, além da convocação de Okamotto, diversas acareações entre o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e delatores da Operação Lava Jato.

Okamotto foi convocado para prestar esclarecimentos sobre doações de R$ 3 milhões feitas, entre 2011 e 2013, pela construtora Camargo Corrêa à entidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Foi feita uma manobra da pior espécie para envolver o Paulo Okamotto. Há uma parcialidade da comissão”, protestou a deputada Maria do Rosário (PT-RS), acrescentando que houve uma “gambiarra” e uma “manobra” para permitir a aprovação dos requerimentos.