ODEBRECHT

Obra do estádio do Corinthians teve pagamento de propina, diz Lava Jato

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Palco da abertura da Copa do Mundo de 2014, a construção da arena Corinthians foi viabilizada com o pagamento de propina pela Odebrecht. A afirmação é do procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos coordenadores da força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba.

Segundo ele, os rastros de repasses ilegais apareceram em planilhas apreendidas que indicam o envolvimento da diretoria da Odebrecht que cuida da gestão do contrato com o Itaquerão. O procurador disse que ainda está em análise inicial a lista dos destinatários dos pagamentos.

Nesta fase, disse o procurador, o único estádio que apareceu foi o do Corinthians. Segundo ele, há indicativos de pagamentos de propina em outros estádios da Copa, segundo “indicativos de delações que ainda estão em andamento”.

26ª FASE

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (22) a 26ª fase da Lava Jato. Denominada “Xepa”, a etapa mira executivos da Odebrecht e doleiros e investiga uma suposta estrutura interna na empreiteira para pagamento de propinas em setores, inclusive relacionadas à Petrobras.

Essa estrutura, segundo o Ministério Público Federal, incluiria até uma área específica na empreiteira, chamado de “Setor de Operações Estruturadas”, que operava as práticas ilegais.

Com base em planilhas e cruzamento de dados, investigadores da Lava Jato afirmam que a Odebrecht montou uma “estrutura profissional” de pagamentos sistemáticos de propina no Brasil e no exterior.

O “sistema estruturado” de corrupção, nas palavras do procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, envolvia funcionários com divisão clara de atribuições, um sistema informatizado para controle da entrada e saída de milhões de reais e toda uma estrutura de contabilidade clandestina.

Segundo ele, os pagamentos se referiam a obras públicas do governo federal e de governos dos Estados. De acordo com os investigadores, a estrutura incluía até uma área específica na empreiteira, chamado de “Setor de Operações Estruturadas”, que operava as práticas ilegais.

Fonte: Folha