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Eleições 2016: Ruy Dantas diz que “em muitos momentos, o eleitor vai substituir o marqueteiro”

Ruy Dantas que lembrou de alguns cases, como o da “turma do chapéu”, grupo de jovens, que começou a produzir vídeos independentes para o então candidato à presidência Aécio Neves. Os vídeos foram disseminados via WhatsApp, gerando conteúdo para um público segmentado.

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Em palestra para estudantes de publicidade, o especialista em marketing político ressalta o protagonismo do eleitor e da militância nas redes sociais como tendência para as eleições de 2016

Com as novas diretrizes e prazos, que determinam um período de 45 dias para as campanhas eleitorais em 2016, muitos são os questionamentos sobre a atuação dos marqueteiros nas campanhas eleitorais. Foi para esclarecer essas e outras questões que, no dia 18 de abril, o publicitário e especialista em marketing político, Ruy Dantas, participou como palestrante da 18ª Semana da Agência – O papel do Marketing nas eleições 2016, promovido pelo Instituto de Educação Superior da Paraíba (Iesp).

Ruy começou apresentando sua visão sobre as principais tendências para as eleições desse ano. Segundo ele, a grande arma para as próximas eleições serão as redes sociais e os aplicativos de mensagens, com destaque especial para o WhatsApp. “O mercado está apostando nessa ferramenta”, disse Ruy Dantas que lembrou de alguns cases, como o da “turma do chapéu”, grupo de jovens, que começou a produzir vídeos independentes para o então candidato à presidência Aécio Neves. Os vídeos foram disseminados via WhatsApp, gerando conteúdo para um público segmentado.

“O grande obstáculo dessa campanha será produzir conteúdo para um público que rapidamente é impactado por novos conteúdos. Precisaremos ser muito dinâmicos. Com o WhatsApp é possível disseminar todo tipo de informação, factoides e notícias que serão difundidos rápida e democraticamente, o que deixará o trabalho do marqueteiro mais dinâmico e intenso do que nas últimas campanhas”, afirmou.

Posicionar o candidato, trabalhar um discurso unificado, produzir conteúdo segmentado para cada público, são apenas alguns dos pontos essenciais para o trabalho do marketing nas eleições. Porém, um fator extra também influencia no trabalho desse profissional: o poder de argumentação da militância.

Ruy lembrou que o PT é o partido que faz um trabalho muito forte e que gera resultados e desqualifica o discurso dos demais. “A militância do PT recebe uma doutrina fantástica. O discurso de golpe serviu para botar a militância na rua, defendendo o projeto do governo de forma espetacular e replicando o discurso como nenhum outro partido é capaz de fazer”, explicou.

Ele pontua que o militante bem aconselhado vai enfatizar somente aquilo que o partido quer. “Esse militante não entra em outros assuntos, apenas usa o discurso que lhe foi passado. Isso é uma estratégia de marketing que alguns partidos usam com muita competência”, comenta Ruy, que completa: “quando uma gestão desgastada vai enfrentar um partido com uma militância forte a chance de ganhar é muito pequena”.

Fonte: polêmica
Créditos: polêmica