O homem negro que passou por transplante peniano terá membro tatuado por que o doador era branco

Os cirurgiões revelaram que o homem que recebeu o terceiro transplante de pênis bem-sucedido do mundo é negro– mas seu pênis é branco.

 Isso significa que o paciente de 40 anos de idade terá que passar por extensa tatuagem médica ainda este ano para corrigir o pênis que recebeu. O paciente, que não teve seu nome revelado, perdeu seu pênis devido a complicações de uma circuncisão tradicional. Finalmente, em 21 de abril deste ano, seu órgão foi restaurado e ele já é capaz de ter ereções.

Dentro dos próximos seis meses, ele será capaz de ter relações sexuais e urinar por conta própria.  O professor André Van Der Merwe, chefe do departamento de urologia da Universidade Stellenbosch, liderou a longa operação e falou da discrepância de cor. “O paciente é negro e o doador era branco. Porém, temos poucos doadores para este procedimento de transplante”.  “Ele é certamente um dos pacientes mais felizes que já vimos em nossa ala. Ele está fazendo muito bem. Não há sinais de rejeição, e todas as estruturas reconectadas parecem estar curando bem”, completou.

A tatuadora Rosemarie Andlauer, de Miraculous Creations, em Massachusetts, disse que pintar uma cor de pele clara em uma escura não é incomum.“Eu não tatuaria tudo ao redor. Faria longitudinalmente, provavelmente um terço de cada vez. Isso demoraria um pouco mais, mas o manteria saudável e seguro”.  Van der Merwe e sua equipe realizaram o primeiro transplante de pênis bem-sucedido em 11 de dezembro de 2014, em seguida, o segundo foi concluído em Boston em maio de 2016.

“Há um número de homens que se beneficiariam desta operação, mas a questão é a falta de doadores e também a falta de financiamento”, disse Van der Merwe ao MailOnline, em 2015. O primeiro paciente fez uma recuperação completa – um resultado que os médicos não esperavam até cerca de dezembro de 2016. “Nosso objetivo era que ele ficasse totalmente funcional em dois anos e estamos muito surpresos por sua rápida recuperação”, disse o professor na época.

O sucesso inicial de sua equipe foi seguido pela operação de Thomas Manning, que se tornou o primeiro receptor americano de um transplante de pênis.  Depois de duas cirurgias de acompanhamento, Manning disse que pôde urinar normalmente e ele foi capaz de andar.A função sexual demoraria a retornar pela ausência de novos testículos.

Estima-se que cerca de 250 homens percam pênis a cada ano em uma cerimônia de iniciação secreta e brutal conduzida pela tribo Xhosa na África do Sul.O ritual é conhecido como ukwaluka – o corte do prepúcio do pênis que é feito por um incibi, um cirurgião tradicional –, que simboliza o início da masculinidade. Todos os anos, milhares de pessoas apelam para que o ritual não seja mais realizado.

Fonte: Jornal Ciências