mais aumento

Governo cogita uso de térmicas mais caras e nova alta na cobrança ao consumidor

Em razão da situação dos reservatórios, o governo já considera a possibilidade de despachar por fora de ordem de mérito

O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, afirmou nesta segunda-feira (30) que o governo ‘cogita’ a possibilidade de acionar as usinas termelétricas fora da ordem do mérito, ou seja, sem seguir a ordem do menor para o maior custo de operação. Coelho Filho lembrou que já vem alertando há algum tempo que não há risco mais severo de desabastecimento, mas que haverá impacto, “como já vem ocorrendo”, nas tarifas para o consumidor.

Em razão da situação dos reservatórios, o governo já considera a possibilidade de despachar por fora de ordem de mérito, isto é, comprar energia mais cara. “Está sendo cogitado; decidido, não. A gente tem, sim, uma preocupação com a situação”.

O ministro comentou que mantém encontros periódicos com autoridades do setor elétrico para acompanhar a situação, mas ainda não há nenhuma deliberação sobre despacho por fora de ordem de mérito.

Alternativas

Fernando acrescentou ainda que o ministério está conversando com a Petrobras para viabilizar a operação de usinas térmicas que estão disponíveis, mas ainda não entraram em funcionamento por falta de combustível. “Estamos conversando”. O ministro adiantou que cada térmica tem uma situação diferente da outra. “Nós estamos endereçando na medida do possível, porque é importante para o sistema contar com elas operando.

Bandeiras tarifárias

A bandeira tarifária para o mês de novembro de 2017 será vermelha (patamar 2), com custo de R$ 5,00 a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos por decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Segundo o órgão, não houve evolução na situação dos reservatórios das usinas hidrelétricas em relação ao mês anterior e, ainda que não haja risco de desabastecimento de energia elétrica, é preciso reforçar as ações relacionadas ao uso consciente e combate ao desperdício.

O sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o bom uso da energia elétrica. O funcionamento das bandeiras tarifárias é simples: as cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração.

No último dia 24, foi aprovada a prospota de audiência pública para discutir a revisão da metodologia das bandeiras tarifárias e dos valores de suas faixas de acionamento. A proposta é de bandeira amarela no valor de R$ 1,00; bandeira vermelha no patamar 1, R$ 3,00; e vermelha no patamar 2, R$ 5,00, a cada 100 kWh consumidos e frações. As sugestões poderão ser enviadas até o dia 11 de dezembro deste ano, porém os valores já vigoram a partir da bandeira tarifária de novembro.

 

Fonte: Jornal do Commércio
Créditos: Jornal do Commércio