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'Eleitores não precisam esperar reforma política', diz ex-ministro do TSE

Joelson da Costa Dias participou do programa da TV Master nesta segunda-feira

imageO ex-ministro substituto do Tribunal Superior Eleitoral, Joelson Costa Dias, disse na noite desta segunda-feira, 06, que as mudanças na legislação eleitoral que tratam da campanha, acabam ajudando quem já está no poder, “não dando oportunidade para as pessoas que estão fora da máquina pública”.

Joelson Dias participou de um painel no programa Master News, da TV Master, ao lado do advogado Fábio Brito e do especialista em pesquisas eleitorais Emanoelton Borges. Durante a conversa, Joelson destacou que os 45 dias de campanha eleitoral é pouco para apresentar propostas aos eleitores e afirmou que o atual momento político que o Brasil passa deve servir para “extrair o melhor que possamos tirar”.

imageEmanoelton complementou dizendo que um político com mandato “só perde a campanha a reeleição se for muito ruim, se for muito incompetente porque tem todo o tempo para fazer uma boa gestão e, até mesmo, melhorar pontos negativos com a proximidade da votação”, pontuou.

Fábio Brito avaliou que “o encurtamento da campanha torna difícil que uma candidatura de oposição desenvolver um X e supere aquele que iniciou a campanha na frente, aqueles que estiverem com menos pontos não terão tempo para crescer”, apontou.

“A corrupção é alimentada também pelos eleitores que percebem neste momento, uma forma de ter alguma vantagem que é seu direito”, disse Joelson da Costa Dias referindo-se às pessoas que vendem seus votos.
Os entrevistados concordam que muitas vezes as pessoas votam nos políticos sem saber que a votação vai ajudar o partido e outros políticos que nem são conhecidos dos eleitores.

Fábio Brito pontuou que as pessoas se acostumaram a esperar que haja mudança nas leis e esquecem que a população precisa de educação. “O que a população vem clamando ha muito tempo, não é uma reforma política é uma mudança no comportamento dos políticos, é muito mais amplo e não pode se ater a mudança na lei”, finalizou.
Créditos: Polêmica Paraíba