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Livro conta histórias de sucesso de mulheres no esporte

Maya Gabeira, Frida Kahlo, Malala; conheça o livro com histórias de ninar para meninas empoderadinhas

 

“Era uma vez uma menina que podia voar (….) Ela era tão rápida, tão forte, tão flexível, tão ágil! Ela voava pelo ar com graça e velocidade, girando e virando e aterrissando perfeitamente todas as vezes. “ O nome dela? Simone Biles.

É assim que Joana, minha filha, tem “pegado o sono” (como ela gosta de dizer) nos últimos dias. Com seus pais lendo sobre suas novas heroínas preferidas no belíssimo Histórias De Ninar para Garotas Rebeldes, das autoras Elena Favilli e Francesca Cavallo, publicado pela V&R Editoras no Brasil.

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Joana está fascinada pelas garotas. A trajetória da artista Frida Kahlo, da cantora Nina Simone, da espiã Policarpa Salavarrieta e da pirata (isso mesmo, DA pirata, corretor de texto) Grace O’Malley, são algumas de suas preferidas entre as 100 mulheres perfiladas na obra. Coco Chanel, Marie Curie, Julia Child e Simone Biles correm por fora.

São muitas esportistas, para trazer o assunto para este espnW. Muitas delas, claro, amplamente discutidas, lembradas e noticiadas aqui neste canal. A corredora Wilma Rudolph, a boxeadora Mary Kom, a halterofilista Amna Al Haddad, entre outras, como Serena Williams.

Duas brasileiras estão retratadas no livro, que ainda conta com ilustrações de cada uma delas. Nossa destemida surfista de ondas gigantes, Maya Gabeira, além da escritora Cora Coralina. Sobre Gabeira, Joana já sabe que não foi fácil conseguir chegar lá. Teve que ouvir, como a maioria das heroínas do livro, muitas vezes que “isso não é coisa para meninas”.

Astronauta e Pilota de F1

Interessante notar como ela lida com o livro. Com apenas 5 anos, ela já não entende quem são essas pessoas que colocam limitações nas meninas. Por mais que tenha questões de época, de religião ou outras diversas, não faz sentido Malala Yousafzai ser proibida de ir à escola no Paquistão só por ser menina.

Ou o motivo de Grave O’Malley teve que cortar o cabelo e se vestir como homem para ser marinheira na Irlanda do século XVII. “Ninguém entende, filha. Mas não vamos deixar acontecer nunca mais”, é o que costumamos dizer.

Na escola, segundo a professora, todos ficaram muito interessados pela leitura. Minha filha então propôs uma lição de casa. Queria que todos os amigos da sala respondessem: “Digam o nome de duas artistas, uma espiã e uma pirata. Todas mulheres”. Desafio pouco justo para ela que tinha as respostas na ponta da língua.

Na última sexta-feira, dia em que está liberado usar fantasias, Joana e a amiga Julia foram para aula vestidas de pilota de F1 e astronauta, respectivamente. Que o legado de Mae Jemison, astronauta norte-americana, e Lella Lombardi, pilota de F1 italiana, ambas no livro, siga vivo. Ou, como dizem as autoras na primeira página do livro:

Para as garotas rebeldes de todo o mundo:
Sonhe grande
Mire distante
Lute com bravura
E, na dúvida, lembre-se:
Você está certa.

Fonte: UOL