“de confiança”
Estelionato sentimental: golpistas roubam sonhos e dinheiro em aplicativos de relacionamento
Em setembro de 2019, Márcia Tripode, de 34 anos, conheceu A.T., 45, pelo aplicativo de relacionamentos Tinder. Ele se dizia agente da Polícia Federal, licenciado para cuidar do pai doente. Após cinco meses de conversas, fotos e galanteios, ela aceitou encontrá-lo no início de 2020, pouco antes da pandemia. Dona de um pequeno e-commerce, divorciada e mãe de uma criança de 5 anos, Márcia fazia suas próprias entregas e recebia os pagamentos em dinheiro. Educado, gentil e solícito, A.T. passou a dizer que ela deveria se proteger e arrumou um motorista “de confiança” para fazer o trabalho. Recomendou ainda que ela não deixasse dinheiro em casa e se ofereceu para que tudo fosse guardado em um cofre dele.