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Como o auxílio emergencial passou de trunfo a armadilha para o governo

sinais de preocupação

Como o auxílio emergencial passou de trunfo a armadilha para o governo

Ao ouvir o agradecimento de um dos apoiadores na porta do Palácio do Planalto sobre o pagamento do auxílio emergencial (AE) nesta quarta-feira, 5, o presidente Jair Bolsonaro deu sinais de preocupação de como a festejada solução para evitar um completo colapso da economia pode se tornar um problema. Há forte pressão para que o governo estenda pelo menos até o fim do ano o pagamento de 600 reais aos informais e famílias de baixa renda. “Não dá para continuar muito porque, por mês, custa 50 bilhões de reais. A economia tem que funcionar”, disse o presidente. O tom temeroso em relação à armadilha de se tornar refém do auxílio mostra que é necessária uma alternativa. Apesar do programa ser ótimo para a popularidade do presidente, ele é insustentável, e Bolsonaro sabe disso. O que foi saída em primeiro momento, pois se tornou trunfo ao surpreender pelo aumento do poder de compra e a ação nas camadas mais pobres, virou dor de cabeça. A longo prazo, o gigantesco programa é inviável.