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Homem que sobreviveu a injeção letal será executado por método inédito

Um homem que sobreviveu a uma tentativa de execução por injeção letal em 2022, agora será executado com um método inédito nos Estados Unidos: asfixia por gás nitrogênio. A prática é considerada cruel até mesmo em animais.

Foto: reprodução

Um homem que sobreviveu a uma tentativa de execução por injeção letal em 2022, agora será executado com um método inédito nos Estados Unidos: asfixia por gás nitrogênio. A prática é considerada cruel até mesmo em animais.

Kenneth Smith, de 58 anos, foi condenado à morte pelo assassinato de uma mulher em 1998. A execução está marcada para a próxima quinta-feira (25/1), no estado do Alabama.

De acordo com a rede CBS, a asfixia por gás nitrogênio não passou nos testes. Ainda segundo o canal, médicos e veterinários condenam esse tipo de execução. A Associação Veterinária Americana aconselhou que o gás não seja usado em eutanásia de mamíferos, pois pode causar sofrimento e estresse. Atualmente, o único animal que é executado com o gás nitrogênio são as galinhas.

A defesa de Kenneth alega que o homem está sendo usado como “cobaia” do método. Além da Anistia Internacional, a ONG Equal Justice Initiative também condenou a execução de Smith. “Depois da primeira tentativa torturante de executar Kenny Smith por injeção letal falhar, o Alabama agora planeja tentar de novo”, escreveu Bryan Stevenson, diretor-executivo da ONG.

Especialistas da ONU afirmam que a execução de Kenneth Smith com gás nitrogênio seria a primeira no mundo e que induzir a asfixia viola tratados contra tortura e é cruel e desumano.

O que o estado do Alabama vai fazer?

Através de uma petição judicial, foi afirmado que Smith será preso em uma maca na câmara de execução junto de um respirador de ar tipo-C, máscara normalmente utilizada em ambientes industriais para o fornecimento de oxigênio. O diretor da prisão lerá o mandado de morte e perguntará ao condenado se ele tem alguma última palavra antes que o sistema de asfixia por nitrogênio seja ativado.

O gás será usado por pelo menos 15 minutos ou até cinco minutos após a ausência de sinais vitais.

 

Fonte: Metrópoles
Créditos: Polêmica Paraíba