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Bebê é salvo de escombros em Gaza após ataque israelense

A pele da bebê Mariam Abu Akel estava cinza de poeira e ela fazia pequenos ruídos enquanto os socorristas cavavam profundamente os escombros para liberar suas pernas e retirá-la.

imagem: reprodução/internet

Os socorristas com coletes laranja gritaram quando alcançaram uma bebê ainda viva nos escombros de um ataque aéreo israelense na cidade de Rafah, na Faixa de Gaza, após mais uma noite de bombardeio no enclave palestino.

A pele da bebê Mariam Abu Akel estava cinza de poeira e ela fazia pequenos ruídos enquanto os socorristas cavavam profundamente os escombros para liberar suas pernas e retirá-la.

Pessoas se aglomeravam nas ruínas da casa da família Abu Edwan, onde parentes de Mariam estava abrigados depois de fugirem de onde moravam, em uma área mais perigosa perto da fronteira de Gaza com Israel.

O ataque aéreo matou 20 pessoas e feriu 55, de acordo com o porta-voz do Ministério da Saúde, Ashraf al-Qidra.

A maior parte da população de Gaza teve que fugir de suas casas diante de uma devastadora ofensiva terrestre e por bombardeios que Israel diz ter como objetivo destruir o Hamas, que matou mais de 1.200 pessoas, a maioria civis, durante um ataque em 7 de outubro.

A retaliação israelense matou mais de 21.500 palestinos, de acordo com as autoridades de saúde no enclave, muitos deles crianças menores de 18 anos.

A mãe e a irmã de Mariam foram mortas no ataque, junto com membros da família Abu Edwan e pessoas de outras famílias que moravam temporariamente com eles. O pai e seu irmão ainda bebê, Hamed, sobreviveram à explosão.

“EU ESTAVA TREMENDO. ESTAVA APAVORADA”

Os hospitais de Rafah já lidavam com o fluxo noturno de feridos retirados das casas bombardeadas.

Nadeen Abdulatif, 13 anos, estava em uma pilha de destroços ao lado da casa de Rafah onde ela e sua família haviam se abrigado após sua própria casa na Cidade de Gaza ser destruída por um ataque aéreo, que matou seu irmão mais velho. O alvo do ataque era um prédio vizinho.

Ela relatou que não conseguia parar de pensar em ser morta ou na morte de seu outro irmão. O ataque aéreo durante a noite havia estourado as janelas e sacudido o prédio.

“Meu irmão estava tremendo. Eu estava tremendo. Eu estava com medo. Não saí do lugar por causa do medo que sentia”, disse ela.

No local de outro ataque aéreo, socorristas resgataram duas meninas. Em uma ambulância, médicos limpavam com uma esponja uma espessa camada de poeira do rosto, enquanto um menino com sangramento intenso estava sentado à sua frente, atordoado.

No hospital, as crianças foram deitadas no chão para receber tratamento. Um menino com bandagens na cabeça e sangue cobrindo o rosto chorava. Ao lado dele estava outro menino com um imobilizador no pescoço. As duas meninas estavam deitadas em uma maca.

Israel diz que está fazendo o possível para proteger os civis e afirma que o Hamas é responsável pelos danos causados aos palestinos por operar entre eles. O Hamas nega a acusação.

 

Fonte: R7
Créditos: R7