"instrumentos"

Vereador que mostrou arma e Bíblia em sessão na CMJP não se arrepende e diz que "faria tudo de novo"

O vereador de João Pessoa, Tarcísio Jardim (Patriota) disse que não se arrependeu de mostrar uma arma ao lado de uma Bíblia ao defender o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), durante sessão remota da Câmara Municipal de João Pessoa nesta quinta-feira (6). Em entrevista ao Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan, nesta sexta-feira (7), o parlamentar disse que “faria tudo de novo”, e que o fez para demonstrar que o ser humano consegue viver o dia a dia com os dois “instrumentos”.

“Faria de novo sim. Eu não fiz nada de errado. Eu não fiz aquilo para afetar ninguém e ameaçar ninguém […]. Em momento algum eu tive uma voz ameaçadora, eu apenas exemplifiquei dois instrumentos que para mim fazem parte do dia a dia”, disse.

A fala foi movida após ouvir críticas ao presidente Jair Bolsonaro por parte do vereador Junio Leandro (PDT), de que Bolsonaro defende religião e ao mesmo tempo o armamento da população.

“Eu fiz essa alusão para mostrar que aquilo ali, dependendo do seu ponto de vista, são dois instrumentos de libertação, e você pode usar sim os dois simultaneamente”, justificou.

Tarcísio continuou dizendo que não teme qualquer punição por parte da Mesa Diretora da Câmara, pois, segundo ele, não burlou o Regimento Interno da Câmara. Ele explicou também que, apesar de ser conservador, não é extremista, e explicou sua visão ideológica.

“Eu não sou extremista como se vende […]. Eu sou direita, conservador, mas não sou extremista, mas tenho meus ideais. Sou armamentista sim, já salvei muitas vidas com o uso da arma de fogo, já prendi muitas quadrilhas que poderiam ter tirado muitas vidas”, finalizou.

Tarcísio disse que, apesar de armamentista, é contrário ao porte de armas, mas não à posse. Como o parlamentar explicou, porte de armas é quando o cidadão transporta uma arma consigo fora de sua casa. Já na posse, o armamento fica em casa.

Por último, o vereador, que antes de se eleger era policial, disse que o desejo de se tornar político veio pela falta de opções em cada eleição em que ia votar.

“Ela me veio empregada pelos amigos, descrentes, assim como eu, de a cada eleição que passava não ter uma opção para votar. Diante desse cenário, de não ter opções e estar tão revoltado com a situação que o País estava, e vem descambando, ao invés de procurar uma opção, eu me tornei uma opção”, justificou. Tarcísio foi eleito em 2020 com 2.273 votos.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba