SÓ PIOROU: Administrada por tucano, Campina está entre as cidades do Brasil que depositam lixo em locais inadequados

Administrada pela gestão tucana do prefeito Romero Rodrigues, Campina Grande está entre as cidades brasileiras que depositam os seus resíduos sólidos de forma inadequada. Pelo menos é o que aponta um estudo a ser divulgado na próxima semana pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe)

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Administrada pela gestão tucana do prefeito Romero Rodrigues, Campina Grande está entre as cidades brasileiras que depositam os seus resíduos sólidos de forma inadequada. Pelo menos é o que aponta um estudo a ser divulgado na próxima semana pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe)

Segundo o estudo, passado um ano do fim do prazo para a substituição dos lixões por aterros sanitários, seis em cada 10 municípios brasileiros continuam depositando resíduos em locais inadequados. De acordo com o levantamento, mais de 3.300 municípios — cerca de 60% do total — ainda não cumpriram com o estabelecido pela lei, de agosto de 2010, que deu quatro anos para a adequação.

Em Campina Grande a prefeitura prossegue problema socioambiental com a criação de um novo lixão e a desativação do aterro de Puxinanã. As prefeituras que não se adaptaram ficam impossibilitadas de receber recursos do governo federal para ações relacionadas a resíduos sólidos. E os gestores municipais podem ser responsabilizados na Justiça por prejuízos causados ao meio ambiente e à saúde da população.

Para escapar das pressões e ganhar mais tempo, os municípios recorreram ao Senado, que aprovou, no começo do mês, projeto de lei que prorroga o prazo até 2021, e reabilita os municípios a receberem recursos até 2018. O projeto segue agora para a Câmara dos Deputados, onde deve encontrar resistência de entidades como a Abrelpe. “Nossa posição é frontalmente contrária a esse projeto”, adianta o diretor executivo da associação, Carlos Silva Filho. “A prorrogação dos prazos vai gerar herança danosa para toda a sociedade, comprometendo de maneira permanente nossos recursos hídricos, contaminados pelos lixões”, diz.

Os depósitos irregulares de resíduos, sem impermeabilização e sem controle, contaminam o solo, a água e o ar. De acordo com pesquisadores do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília (UnB), mesmo depois de fechados, os lixões mantêm seu potencial poluidor por cerca de 40 anos. “A prorrogação pura e simples não vai resolver o problema, não vai criar as condições para a solução ser implementada. Vai jogar o problema para o futuro. A medida é totalmente inócua e só beneficia o administrador que não cumpriu seu dever”, diz Silva Filho.

Em Campina – Um recente estudo acadêmico realizado pelas estudantes Telma Lúcia Bezerra Alves, Josileide Barbosa da Rocha Guimarães, Josicleide da Rocha Silva, Isabel Joselita Barbosa da Rocha Alves e Ireneide Gomes de Abreu mostrou o conflito estabelecido na cidade de Campina Grande/PB, em decorrência da proximidade do “lixão” com o Aeroporto João Suassuna, devido à concentração de aves, as quais podem provocar grandes acidentes aéreos, bem como o conflito estabelecido posteriormente com a implantação do Aterro Sanitário de Puxinanã (ASP).

A pesquisa mostra que o Lixão do Mutirão, além de causar impactos adversos ao meio ambiente, era um perigo iminente à aviação campinense por atrair grande número de urubus que poderiam causar acidentes aéreos de grandes proporções. Logo, se traduz a dimensão do conflito socioambiental estabelecido e a necessidade e urgência de serem tomadas providências resolutivas, pois as medidas tomadas não eram completamente confiáveis, apontando para um risco frequente.

Desta forma, o grande desafio para a Infraero e para o MPF-PB era levar a PMCG a construir um aterro sanitário. A obra além de ser a solução do conflito era também a solução para mitigação dos problemas socioambientais causados pelo “lixão”.

É sabido que cabe a gestão municipal a coleta, destinação e disposição final dos resíduos sólidos evitando o surgimento de lixões, e quando estes estiverem estabelecidos, tomar medidas enérgicas para resolução do problema, contudo ressalta-se que, infelizmente, só a força da lei não basta, é necessária a pressão da sociedade para conseguir isso, conclui a pesquisa que pode ser vista no link: http://goo.gl/PjI7bX