Atuação

Secretário de Segurança Jean Nunes atualiza investigações sobre caso Ana Sophia e ônibus incendiado em JP

Foto: Gutemberg Cardoso/ Polêmica Paraíba

Em entrevista ao Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan, nesta terça-feira (1º), o secretário estadual de Segurança e da Defesa Social, Jean Nunes, atualizou as investigações de dois casos que têm chamado a atenção do paraibano: o desaparecimento da menina Ana Sophia, no distrito de Roma, em Bananeiras e o ônibus que foi incendiado em João Pessoa.

Sobre as buscas pela criança, que completa um mês de desaparecida na próxima sexta-feira (4), Jean Nunes disse que é um caso intrigante e complexo, e que tem gerado grandes dificuldades para a corporação pelas características da região. Ele adiantou que algumas linhas de investigação estão descartadas.

“Algumas linhas vão sendo descartadas. A gente continua considerando que ela tenha sido raptada ou ter sido vítima de um crime mais grave. Isso continua sendo considerado”, disse.

Ele falou que até 2018 a secretaria de Segurança nao tinha câmera própria fazendo monitoramento. Já hoje a pasta está no processo de implantação de 1.600 câmeras, sendo que 1.000 delas já estão instaladas e em operação.

“A medida que a gente uma quantidade de câmeras instaladas e sendo transmitidas para Centros de Comando e Controle, a gente consegue ter muito mais informação e imagem”, explicou, falando que a falta de imagens têm trazido mais dificuldades nas ações de busca da criança.

Nunes também disse que a polícia está usando todo o equipamento possível nas operações de busca, como equipamentos térmicos, drones e até helicóptero.

E foi justamente com o auxílio dessas câmeras que a Polícia obteve conclusões para prender um dos suspeitos de participarem do assalto a um ônibus no Padre Zé, em João Pessoa, que aconteceu no último dia 18, quando os criminosos atearam fogo no veículo com vítimas dentro dele. O episódio resultou na morte do motorista, no último sábado, que não resistiu aos ferimentos das queimaduras.

Nunes afirmou que a ação dos criminosos se trata de disputa por território entre organizações criminosas.

“Esse caso, para ser objetivo e direto, é um caso típico de disputa por território, por espaço, por alguns grupos que tentam se sobrepor ao outro”, falou.

Segurança

O secretário também repercutiu os dados do 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022, que trouxe as 50 cidades brasileiras mais violentas no país no ano passado, citando Patos e Santa Rita entre elas.

Nunes reconheceu os números altos das duas cidades no ano passado e disse que as forças de segurança identificaram o problema e passaram a atuar de maneira diferente. Essa mudança trouxe uma redução significativa no número de mortes violentas no primeiro semestre desse ano, em comparação ao primeiro semestre do ano passado. Com isso, o secretário previu que para 2023, ambas as cidades não devem aparecer na relação.

“Era verdade até o ano passado. Mudamos a estratégia de policiamento, aumentamos a quantidade de operações e mudamos o foco de algumas áreas. Por exemplo, Santa Rita tivemos no primeiro semestre do ano passado 53 casos contra 29 casos neste ano, 45% de redução. Em Patos, nós tivemos no ano passado, no primeiro semestre, 40 casos, contra 11 casos desse ano, 73% de redução. São cidades que no próximo anuário com certeza não estarão figurando nessa lista”, explicou.

Veja trechos da entrevista:

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba