O Poder Executivo não atacou nenhum Poder

Ricardo não fez críticas ao Judiciário nem disse que os julgamentos do TJ atendem a interesses particulares diz a Secom

A única pessoa nominada pelo governador foi o conselheiro Fernando Catão, que é sogro do deputado Tovar Correia Lima e mesmo assim não se averbou de suspeito na hora de decidir sobre uma denúncia feita pelo seu genro contra o Empreender.

Na entrevista coletiva de hoje, o governador Ricardo Coutinho não fez críticas ao Judiciário, tampouco disse que os julgamentos do TJ atendem a interesses particulares. A única pessoa nominada pelo governador foi o conselheiro Fernando Catão, que é sogro do deputado Tovar Correia Lima e mesmo assim não se averbou de suspeito na hora de decidir sobre uma denúncia feita pelo seu genro contra o Empreender.

A entrevista do governador foi longa e abordou vários temas. Reproduzo aqui os trechos em que se fala sobre a LOA e as consequências das decisões judiciais, e sobre o Empreender.

Sobre os Poderes:

“O papel do Governo é fazer mais com o mesmo dinheiro ou até com menos e, para fazer isso é preciso atitudes corajosas, porém republicanas. O interesse coletivo está acima de interesses pessoais. Nesse momento de crise na economia nacional, a Paraíba está escapando disso e isso está acontecendo porque eu tive a coragem de cortar muita coisa no executivo e a única coisa que eu pedi foi que todos fizessem o mesmo. Afinal isso é uma necessidade e é preciso que a gente ponha os pés no chão e expanda os serviços que precisam ser melhorados. Eu acho que com o tempo o bom senso vai retornar. Eu sou o governador que mais elevou duodécimos, então eu sei a importância de todos os Poderes.”

“Eu não posso achar que a economia é algo que se resolva numa canetada e muito menos que essas decisões sejam tomadas por quem tem o maior interesse nisso. Precisamos ter imparcialidade e republicanidade”

“Você está me perguntando se algum Poder ultrapassaria os limites da impessoalidade e da legalidade para inviabilizar um Governo que é do povo da Paraíba. Essa pergunta é tão grave que eu prefiro não responder, mas acho que cada um deve refletir sobre isso. Porque se nós chegássemos a uma condição como essa, aí o Estado democrático de direito estaria acabado.”

“A saída para a LOA é respeitar a economia. A Paraíba está gastando ano após ano melhor o dinheiro do povo. É preciso resgatar o princípio da harmonia, não existe briga entre os poderes. O Poder Executivo não atacou nenhum Poder.”

Sobre o Empreender:

“Simplesmente uma decisão de um conselheiro, que nem era habilitado para esta decisão, porque a denúncia original veio do genro dele. Como você vai canetar algo que veio do seu genro? Ou seja, o conselheiro Fernando Catão fez tudo errado e colocou o TCE numa situação de fato consumado, essa é a verdade e está prejudicando o povo da Paraíba. Cerca de duas mil e quinhentas pessoas estão para receber investimentos e isso não é brincadeira. Isso é uma violência, infelizmente não é a primeira vez que isso acontece com o conselheiro Fernando Catão, a quem eu tenho obrigação de respeitar, mas eu também tenho exigência de respeitar enquanto representante do poder público.”

Fonte: ASSESSORIA
Créditos: secom