Ministério da Saúde

Por falta de evidências científicas, protocolo que libera cloroquina não será aplicado na Paraíba, diz Geraldo Medeiros

O novo protocolo que libera o uso da hidroxicloroquina em casos leves de Covid-19 não será aplicado na Paraíba.

O novo protocolo que libera o uso da hidroxicloroquina em casos leves de Covid-19 não será aplicado na Paraíba. Nesta quarta-feira (20), o secretário de estado da saúde, Geraldo Medeiros, citou efeitos colaterais que o medicamento pode provocar e se baseou em estudos científicos para dizer que o estado não adotará o uso do remédio.

Ao Arapuan Verdade, Geraldo Medeiros informou que o corpo técnico da secretaria estadual de saúde está estudando minuciosamente as pesquisas sobre o remédio. “São inúmeros trabalhos sem mostrar evidências científicas comprovadas e permitindo a relação médico-paciente, em que a segurança do paciente é essencial, nós não temos essa segurança de uso da hidroxicloroquina”, disse.

Geraldo Medeiros também criticou a automedicação no tratamento contra o novo coronavírus. “É essencial que as pessoas não usem indiscrimidamente a medicação. É fundamental que seja sob prescrição, porque o médico se responsabiliza”, ressaltou.

Pela recomendação do Ministério da Saúde, os pacientes podem tomar, entre o primeiro e 14º dia, cloroquina associada à azitromonicina durante cinco dias. O documento faz algumas ressalvas contra a auto-prescrição e diz que o medicamento deve ser prescrito por um médico e que o paciente deve concordar com o uso.

O presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), Roberto Magliano, criticou a politização do assunto. Ele afirmou que estudos sugerem que não há eficácia do medicamento, mas defendeu que os médicos e os pacientes devem ter autonomia para decidir sobre o uso do remédio.

“Essa questão está sendo politizada, e não é bom quando isso acontece. O Conselho Federal de Medicina já emitiu u mparecer sobre isso. Nos parece que há evidências científicas que a droga não tem efetividade no tratamento do coronavírus, no entanto muitos médicos têm insistido em utilizar, e os profissionais de saúde que assim desejarem, vão poder prescrever, explicando os riscos e os benefícios. Se o médico entende que deve passar e o paciente entende que deve tomar, sabendo dos benefícios e dos efeitos colaterais que possa acarretar, a gente não vê porque tanto questionamento acerca disso”, afirmou.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba