Arapuan Verdade

Gleisi Hoffmann admite que não há votos para aprovar impeachment, mas aposta em desgaste de Bolsonaro

Ela afirmou, no entanto, que aposta no desgaste político do presidente, o que facilitaria o recebimento da denúncia. 

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, admitiu nesta sexta-feira (22), que o pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), protocolado pela legenda e outros partidos de esquerda não passa na Câmara dos Deputados. Ela afirmou, no entanto, que aposta no desgaste político do presidente, o que facilitaria o recebimento da denúncia.

Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, da rádio Arapuan FM, Gleisi reconheceu que Bolsonaro tem maioria no Congresso Nacional, o que impediria o prosseguimento do processo.  “Vamos trabalhar para que isso aconteça. O impeachment é um julgamento político, então não basta ter um crime. Você tem que ter as condições políticas para ele ser julgado. É óbvio que hoje não teríamos a maioria”, disse.

A deputada federal citou o apoio do Centrão a Jair Bolsonaro. “Com certeza ele está com medo que o impeachment prospere, mas o desgaste político dele é crescente”, disse. A parlamentar citou a crise provocada pelo novo coronavírus. “Uma crise como essa paralisa investimentos, paraliza consumo, e o Governo não está tomando as medidas corretas para tirar o país da crise. Será muito difícil Bolsonaro manter, no futuro, o apoio que tem”, avaliou.

Golpe ou impeachment?

Gleisi Hoffman voltou a chamar de “golpe” o processo que cassou a ex-presidente Dilma, e explicou por qual razão, na avaliação do PT, o processo contra Bolsonaro é diferente. “O impeachment da presidenta foi um golpe, que não tinha crime de responsabilidade, não tinh nenhum crime contra a presidente. Bolsonaro tem crimes: atenta contra a Constituição ao elogiar ditadura, ao elogiar tortura, ao disseminar violência, ao impulsionar ações de quem queira fechar Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal. Não tem nenhuma comparação”, opinou.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba