Influência digital

ELEIÇÕES 2022 NA INTERNET: Bolsonaro tem mais que a soma de seguidores de todos os concorrentes nas redes; VEJA

À medida que o pleito eleitoral de 2021 se aproxima, as pesquisas de opinião sobre a intenção de voto nos candidatos à Presidência da República vão ficando cada vez mais frequentes, praticamente com divulgações diárias, com diferentes metodologias, e resultados que indicam uma polarização política no próximo ano.

À medida que o pleito eleitoral de 2022 se aproxima, as pesquisas de opinião sobre a intenção de voto nos candidatos à Presidência da República vão ficando cada vez mais frequentes, praticamente com divulgações diárias, com diferentes metodologias, e resultados que indicam uma polarização política no próximo ano.

A última, do Instituto Paraná Pesquisas, divulgado na quinta-feira (29), aponta que o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) estão empatados tecnicamente, dentro da margem de erro, no primeiro turno, com vantagem para o petista numa segunda etapa das eleições. Mais uma vez, a polarização fica configurada, sem chances para nomes da chamada terceira via.

Apesar das pesquisas ainda serem o meio mais debatido sobre a popularidade dos candidatos, o desempenho dos candidatos nas redes sociais também ganhou notoriedade na avaliação de analistas políticos, tanto em relação ao engajamento da militância com os perfis, passando pela criatividade na divulgação de conteúdo, além e principalmente da quantidade de seguidores acumulados nas plataformas.

Para o professor de jornalismo e pesquisador em Cibercultura, Emilson Garcia, na nova conjuntura midiática, as redes sociais tem tido papel importante na prática política. “Desde a mobilização em torno de uma causa coletiva até a militância virtual em torno de um candidato. Ser ativo nas redes sociais é preponderante pra ganhar uma eleição e manter o vínculo com a população, que precisa conhecer as ações do candidato eleito”, disse

Desempenho dos candidatos

Apesar do desgaste sofrido com a crise sanitária e em meio aos ruídos institucionais, no quesito redes sociais não há concorrência: o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) segue liderando os números em quantidade absoluta de seguidores. Ele tem 33,7 milhões de seguidores nas três principais redes sociais (16,8 mi no Instagram + 6,9 mi no Twitter+ 10 mi no Facebook).

Para se ter uma ideia, o número de seguidores de Bolsonaro nas redes é mais que a soma de todos os seguidores dos pré-candidatos citados na última pesquisa Paraná Pesquisas.

O ex-presidente Lula, que rivaliza com Bolsonaro na preferência do eleitorado, segundo as pesquisas de intenção de voto, fica bem atrás no quesito seguidores nas redes sociais. Ele tem 2,9 milhões de seguidores no Instagram, 2,6 milhões no Twitter e 4,1 milhões no Facebook, representando um universo de 9,6 milhões. Também é um número significativo, porém, menos que a metade de seguidores do atual presidente.

Bem mais atrás, o ex-juiz Sérgio Moro tem 5,8 milhões de seguidores, entre 2,5 milhões no Instagram e 3,3 milhões o Twitter. Moro não tem perfil no Facebook. O governador de São Paulo, João Dória (PSDB), tem 5 milhões nas redes, sendo 1,2 mi  no Instagram, 1,4 mi no Twitter e 2,4 mi no Facebook.  Somando as três redes, Ciro Gomes, o pré-candidato do PDT aparece com 3,2 milhão de pessoas em suas páginas.

Para Emilson Garcia, Ciro Gomes tem potencial de crescimento nas redes, com o discurso de quem tenta se viabilizar como terceira via, “somando apelo emocional e uma narrativa técnica acessível, isso analisando a estética, linguagem e articulação discursiva”, disse.

Fechando as casas dos ‘milionários’, o apresentador José Luiz Datena tem 2,9 milhões nas três plataformas, o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM) possui 1,5 milhões e Eduardo Leite (PSDB) 1,089 milhões. A senadora Simone Tebet (MDB) e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), encerram o ranking, com números abaixo de 1 milhão: Tebet com quase 457,8 mil e Pacheco com 331,9 mil seguidores.

Para além dos seguidores, no entanto, há outros indicadores que permitem traduzir o desempenho dos candidatos nas redes sociais.

“O engajamento, a efetividade e eficiência (3E) que estão embasados na construção de uma pauta propositiva, alinhada as necessidades reais da população. Na ambiência transmidiatica que vivenciamos, o candidato que consegue catalisar maior atenção nas redes, por consequência atrairá a atenção da mídia tradicional, podendo arregimentar ainda uma maior audiência, já que temos quase 60 milhões de pessoas sem acesso à internet diariamente”, esclareceu Garcia.

Confira, a seguir, a quantidade de seguidores de cada presidenciável.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba