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Eduardo Pazuello nomeia hipnólogo e marqueteiro como assessor na Saúde

"Markinhos Show" já atuava desde dezembro na chefia de comunicação do ministério e como marqueteiro do general da ativa.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, nomeou como assessor especial nesta quarta-feira (20) Marcos Eraldo Arnoud na pasta. Ele é conhecido como “Markinhos Show”, e já atuava desde dezembro na chefia de comunicação do ministério e como marqueteiro do general da ativa. A nomeação se dá em um momento no qual o ministro é muito criticado por passar informações equivocadas e contraditórias sobre a pandemia da Covid-19.

Além disso, Pazuello mantém uma relação complicada com a imprensa. Na última semana, por exemplo, depois de passar meses defendendo e entregando pelo Governo Federal o chamado “Kit Covid”, com medicamentos sem eficácia comprovada contra a doença, como cloroquina e hidroxicloroquina, o ministro disse que nunca estimulou estes remédios para o tratamento.

Markinhos show se define como “Palestrante Motivacional, Master Coach, Análista em Neuromarketing, Especialista em Marketing, SEO, Hipnólogo, Mentalista, Practitioner em PNL, Músico, Empreendedor e Especialista em Marketing Político”. Toda a descrição está em seu site, “venda para o cérebro”.

Ele esteve presente em algumas das recentes frustradas decisões recentes da pasta, como adesivar o avião que iria para a Índia buscar 2 milhões de doses prontas de vacina de Oxford/AstraZeneca, com slogan da campanha de vacinação brasileira. Sem aval da Índia, que desejava uma operação discreta para evitar críticas internas, a aeronave ainda não tem data para partir.

Também partiu dele a ideia de fazer um evento no Palácio do Planalto, no último dia 19, que abriria a campanha de imunização no Brasil. Um idoso e um profissional de saúde poderiam ser vacinados dentro do Planalto. O planejamento foi revelado pelo Estadão. A operação acabou cancelada quando o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), pulou na frente e conseguiu fazer a primeira foto da vacina, minutos depois de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberar o uso emergencial da Coronavac.

Fonte: Estado de Minas
Créditos: Estado de Minas