violência policial

Dilma diz que assassinato de Ágatha tem relação direta com propostas de Moro para absolver policiais

A ex-presidenta fez dura crítica ao pacote anticrime do ministro, dizendo que a medida de facilitar a absolvição de policiais contribui com impunidade e mais mortes.

A ex-presidenta Dilma Rousseff comentou nas redes sociais nesta terça-feira (24) que o assassinato da menina Agatha Félix, de 8 anos, tem relação direta com o pacote anticrime do ministro da Justiça, Sergio Moro. Segundo ela, o projeto é uma “oferta de impunidade e uma licença para matar” e precisa ser barrado no Congresso.

“O assassinato de Ághata tem, óbvio, relação direta com a proposta de Moro de facilitar a absolvição de policiais que matam civis, se alegam que foram movidos por emoção ou surpresa”, disse a ex-presidenta.

Dilma também comentou que a crescente violência policial no Rio tem aval de outras políticas e discursos do governo de Jair Bolsonaro. “A violência fardada cresce com a impunidade oferecida pelo presidente que quer anistiar policiais assassinos, pelo ministro que quer absolvê-los e pelo governador que manda atirar ‘na cabecinha’”, escreveu. “E a violência policial também induz à violência contra os policiais”, concluiu.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, também foi um dos críticos ao projeto do ministro neste episódio da morte de Agatha. Ao lamentar o assassinato da criança – causada por um tiro de fuzil da Polícia Militar -, o deputado criticou o pacote anticrime do ministro, que, segundo críticos, prevê “licença para matar”.

Cerca de 4 horas depois, Moro foi à rede social defender seu projeto, que tem recebido duras críticas de ativistas dos direitos humanos. “Lamentável e trágica a morte da menina Agatha. Já me manifestei oficialmente. Os fatos têm que ser apurados. Não há nenhuma relação possível do fato com a proposta de legítima defesa constante no projeto anticrime. Deputado Felipe Francischini [PSL-PR] tem razão e agradeço pelo apoio”, declarou o ministro.

Fonte: Revista Fórum
Créditos: Redação Revista Fórum