não teve outra escolha, a não ser ficar onde está

Cartaxo ficou refém de suas próprias decisões: ...sem um partido para chamar de seu - Por Marcos Weric

Aliás, ele poderia ter feito isso ainda em 2015, quando trocou o PT pelo PSD, mas seguiu sem comando de um partido, dependendo do deputado federal Rômulo Gouveia e de sua fidelidade ao grupo Cunha Lima.


Cartaxo ficou refém de suas próprias decisões
Na Política, assim como na vida, as decisões que tomamos hoje tem reflexos amanhã. Foi exatamente isso que aconteceu com o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo…

Na Política, assim como na vida, as decisões que tomamos hoje tem reflexos amanhã. Foi exatamente isso que aconteceu com o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PSD), que surpreendeu o mundo político ao anunciar sua permanência na Prefeitura de João Pessoa, quando o caminho natural seria uma candidatura sua ao governo do Estado.

Em sua carta comunicando sua decisão, no seu pronunciamento e na entrevista que concedeu logo após, Cartaxo expôs os motivos que o fizeram tomar essa decisão, mas na verdade o prefeito ficou refém de suas próprias decisões de 2016 pra cá.

Em 2016, Cartaxo era o franco favorito a reeleição, independentemente das alianças que fizessem e dos adversários que enfrentaria.

Os riscos de não se reeleger eram mínimos, mas o prefeito preferiu não correr nenhum. Aliou-se ao PMDB e aceitou o deputado federal Manoel Júnior, um de seus adversários mais duros até então, como seu candidato a vice, quando poderia colocar como companheiro de chapa alguém de sua estrita confiança que lhe garantiria segurança de continuidade na prefeitura, mesmo ausente do cargo, assim como fez Ricardo Coutinho em 2008.

Depois de reeleito, Cartaxo que já saiu das urnas de 2018 com os olhos na de 2018, poderia ter se filiado a outro partido, um que tivesse o comando, que pudesse chamar de seu. Assim não correria risco de ficar sem legenda ou depender de política de alianças.

Aliás, ele poderia ter feito isso ainda em 2015, quando trocou o PT pelo PSD, mas seguiu sem comando de um partido, dependendo do deputado federal Rômulo Gouveia e de sua fidelidade ao grupo Cunha Lima.

Veio 2017 e 2018 e mesmo sendo o melhor candidato da oposição, sem a segurança de um aliado histórico para deixar a prefeitura e sem um partido para chamar de seu, sem a coragem para colocar seu nome de forma clara para o eleitorado paraibano, sem aceitar a barganha dos outros partidos de oposição e ainda sem apresentar confiança a esses aliados, Cartaxo ficou refém de suas decisões e não teve outra escolha, a não ser ficar onde está.

Fonte: http://marcosweric.com.br/2018/03/01/cartaxo-ficou-refem-de-suas-proprias-decisoes/
Créditos: marcos weric