ELEIÇÕES

Bolsonaro incentiva apoiadores a acompanharem apuração na seção de votação e diz que a 'liberdade' está em jogo: "Não queremos a volta da corrupção em nosso país"

(Foto: Reprodução/Facebook)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu, nesta terça-feira, (11), para que no dia 30 de outubro, data do segundo turno, os eleitores dele permaneçam na seção de votação até o final da apuração dos votos, além de voltarem a usar roupas verde e amarelo.

“No próximo dia 30, de verde e amarelo, vamos votar. E mais do que isso: vamos permanecer na região da seção eleitoral até a apuração do resultado”.

Bolsonaro disse ainda ter “certeza” de que o resultado do segundo turno será aquele que o Brasil “espera”. “Tenho certeza que o resultado vai ser aquele que todos esperamos, até porque o outro lado não consegue reunir ninguém. Todos nós desconfiamos: como pode aquele cara ter tantos votos se o povo não está ao lado dele”.

E pediu também que os simpatizantes levem idosos para votarem. “Vamos levar os nossos idosos para as seções de votação. Vamos convencer um parente ou um amigo que está equivocado no tocante ao seu voto para ele voltar para o nosso lado. O grande bem que está em jogo no próximo dia 30 é a nossa liberdade. Vocês vem acompanhado nesses últimos anos o quão ameaçada ela foi”.

Ataques ao candidato petista
O chefe do Executivo voltou a fazer críticas ao adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O petista ficou na liderança no primeiro turno com 48,4% contra 43,2% votos para Bolsonaro.

“Nós temos uma data pela frente que vai marcar o futuro de cada um de nós. O que nós queremos: se é a liberdade ou se é o estado nos controlando. Se queremos o livre comércio ou uma ingerência do estado. Se queremos um país negociando com o primeiro mundo ou com a escolha comunista desse mesmo mundo. Se nós queremos ter uma família sadia ao nosso lado ou a destruição da família. Se nós queremos o país livre de drogas ou droga legalizada. Se nós queremos um país que respeita as crianças em sala de aula ou que não respeita (…) Parece que não é muito difícil decidir”.

“Nós temos dois candidatos em segundo turno: um que está concluindo o seu quarto ano de mandato e outro que ficou oito anos na presidência lá. O cara se diz pai dos pobres, mas todos aqueles que o apoiaram ao longo dos últimos 20 anos, continuam cada vez mais pobres. Não está difícil essa decisão”, completou, sendo ovacionado pela plateia ao som de “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão!”.

“Nós não queremos a volta da corrupção em nosso país. Eu me lembro muito bem, há aproximadamente dois anos estive na vizinha Argentina e falei: se aquele candidato ganhasse as eleições esse país tomaria os rumos da nossa Venezuela e não deu outra. Sabemos o que acontece aqui ao lado, lamentamos pelos nossos irmãos argentinos”, continuou.

Bolsonaro disse ainda que os problemas de um país ocorrem por conta das más escolhas de seus líderes, alegou que uma mudança pode ocorrer para “pior”, em referência a Lula voltar ao poder e exaltou a economia.

“As coisas acontecem apenas por um motivo: as escolhas erradas que o povo faz. Quando algo não está indo bem, você tem o direito de buscar mudança. Mas tomem cuidado que essa mudança pode ser para pior. Se bem que, no Brasil, levando-se em conta o resto do mundo, o nosso país vai indo muito bem. Os números da economia bem demonstram pela 15ª semana consecutiva, o mercado avalia para mais os números da economia”.

“Todos nós estamos no mesmo barco, todos queremos a ordem, a paz, o progresso e prosperidade. Mas as escolhas mal feitas podem nos trazer problemas que levariam décadas para serem resolvidos”.

E repetiu fala sobre uma “guerra do bem contra o mal”. “Todos temos que lutar. Não podemos olhar para trás e vermos o que não fizemos para salvar o nosso Brasil. O 30 de outubro vai marcar a luta do bem contra o mal. E o bem sempre venceu e dessa vez tornará a vencer”.

“Tenho certeza que com uma Câmara e um Senado bem mais voltado para o centro-direta com cores mais verde e amarela do que a vermelha do passado, nós temos condições de rapidamente aprovarmos as pautas que interessam aos nossos estados e ao nosso Brasil e sepultar de vez aquelas propostas da esquerda que tanto ofendem a família brasileira”.

Por fim reconheceu “falar palavrões”, mas justificou não ser “ladrão”. “Humildemente, eu peço a vocês que tenham qualquer discordância comigo pela forma de eu ser. Confesso, não sou realmente tão polido assim, falo de vez em quando algum palavrão, mas não sou ladrão”, concluiu ao som de “mito”.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Correio Braziliense