Operação Famintos

APÓS VIGILÂNCIA DA PF: vereador de Campina Grande presta depoimento e alega inocência em esquema de fraude

A Polícia Federal esteve presente na residência de Marco Antônio Querino da Silva, apontado como integrante do ‘grupo criminoso’ que teria fraudado licitações para o fornecimento de merenda escolar em Campina Grande, para “vigiar” o vereador Renan Maracajá (PSDC).

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), agentes da PF constataram que um veículo registrado em nome do parlamentar estava estacionado na frente da casa de Marco.

“Na data marcada, a Polícia Federal efetuou vigilância na residência de MARCO ANTÔNIO QUERINO DA SILVA e constatou que um veículo registrado em nome de RENAN TARRADT MARACAJÁ estava estacionado
em frente ao local”, diz o MPF.

O encontro foi marcado, segundo as investigações, através de uma ligação telefônica feita no dia 04 de abril. Na ocasião, foi utilizada uma linha telefônica cadastrada em nome de Maria Luiza Tarradt Maracajá, que vem ser, segundo as investigações, mãe do vereador.

“Os indícios de que RENAN TARRADT MARACAJÁ faz parte do conluio ora analisado foram revelados, sobretudo, a partir de conversas realizadas entre MARCO ANTÔNIO QUERINO DA SILVA e SEVERINO ROBERTO MAIA DE MIRANDA, nas quais MARCO ANTÔNIO QUERINO DA SILVA relata o que foi conversado no seu encontro com RENAN TARRADT MARACAJÁ” 

A Polícia Federal descobriu também que Maracajá e sua mãe integram o quadro societário da pessoa jurídica LR Comércio de Alimentos LTDA – ME (LACET COMERCIO VAREJISTA LTDA – CNPJ 17.603.098/0001-74), que possui contratos com prefeituras do Estado da Paraíba, inclusive com a de Campina Grande/PB.

No dia 22 de abril, Severino Roberto Maia de Miranda falou para Marco Antônio Querino da Silva que depositou dinheiro na conta de Renan Maracajá. Segundo o MPF, essa operação provavelmente é decorrente de “práticas ilícitas envolvendo os referidos investigados”.

No dia 16 de abril, Renan conversou com Marco, segundo o MPF, sobre a necessidade de um encontro para tratar sobre problemas em colégios de Campina Grande. A reunião foi sugerida, de acordo com o documento, para acontecer na casa de Severino Roberto Maia.

“Há evidências veementes do conluio formado por SEVERINO ROBERTO MAIA DE MIRANDA, MARCO ANTÔNIO QUERINO DA SILVA, RENAN TARRADT MARACAJÁ e FLÁVIO SOUZA MAIA para fraudar licitações no Estado da Paraíba mediante o uso de empresas compartilhadas por eles”

O que diz o parlamentar

Em nota encaminhada à imprensa, o vereador afirmou que prestou depoimento na Polícia Federal e que não tem nenhum envolvimento com os crimes apontados.

Ele disse que está à disposição da Justiça e que aguarda a conclusão das investigações.

Confira a nota do parlamentar:

“O vereador Renan Maracajá (PSDC) vem esclarecer que em relação à Operação Famintos da Polícia Federal, na qual foi citado, já prestou depoimento às autoridades policiais e aguarda o desenrolar das investigações. Ele nega qualquer envolvimento e relação com os acusados, bem como se coloca à disposição, acreditando na justiça e que a verdade dos fatos vira à tona. Renan Maracajá prestou esclarecimentos na sede da Polícia Federal  em Campina Grande, nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira, 25. Por fim, ele agradece as manifestações de confiança na probidade do seu nome e ressalta a postura ética do seu nome e ressalta a postura ética que baliza o seu mandato popular. 

Sigamos em frente, 

Renan Maracajá. 

Fonte: Blog do Wallison Bezerra
Créditos: Wallison Bezerra