A Neutralidade de Nilvan é ruim para Pedro e excelente para João - Por Gildo Araújo

A política é realmente muito dinâmica dado suas nuances, onde existem algumas ações e reações as quais dificilmente imagina-se que o ilógico possa acontecer. Dentro desse contexto, observamos que o candidato a governador Nilvan Ferreira (PL), que por sinal foi muito bem votado alcançando mais de 400 mil votos no Estado, resolveu ficar na neutralidade neste segundo turno, quando a lógica seria o anúncio de seu apoio ao candidato ideologicamente mais próximo, que seria Pedro Cunha Lima (PSDB).

Esse posicionamento do comunicador vem deixando o grupo oposicionista bastante preocupado, já que ficar no “muro” poderá “desmoronar” todas as estratégias da equipe de Pedro Cunha Lima para este segundo turno, já que se estava planejando uma possível união de Pedro com Nilvan, independentemente de quem fosse para o segundo turno com o atual governador João Azevedo.

Essa decisão de Nilvan Ferreira em não ceder às pressões, parece que caiu como uma bomba para os quadros oposicionistas, tendo em vista que muitas lideranças políticas que acompanham a candidatura de Pedro vêem nessa atitude do comunicador Nilvan Ferreira uma possível abertura de vitória para o governador João Azevedo no próximo dia 30 de outubro.

A verdade é que Nilvan esteve reiterando, por diversas vezes, que só apoiaria Pedro se ele declarasse apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Como Pedro prefere a neutralidade, ou seja, sem candidato à Presidência na Paraíba, Nilvan também preferiu ficar em cima do muro, o que proporciona um ligeiro favoritismo ao governador João Azevedo na disputa pelo Palácio de Planalto.

Aliás, esse posicionamento de rebeldia de Nilvan parece que lhe custará muito caro em se tratando de conjunturas políticas para 2024, pois já se comenta em deixá-lo à margem das discussões futuras para a escolha do candidato a prefeito de João Pessoa. Basta ver a manifestação na imprensa do senador eleito Efraim Filho: “Acho que Nilvan vai ficar isolado na posição e vai, inclusive, perder o protagonismo da direita para nomes como Cabo Gilberto e Sérgio Queiroz, que chegam com muito mais legitimidade nas suas escolhas nesse segundo turno”.

Diante de todas essas reações de lideranças oposicionistas, observa-se claramente que, se acontecer uma derrota do candidato Pedro Cunha Lima para o governador João Azevedo, parte da culpa será atribuída ao comunicador Nilvan Ferreira, por ele não ter se posicionado em favor de Pedro Cunha Lima. Enquanto as oposições passam por momentos turbulentos, o governador João Azevedo continua de vento em popa buscando mais apoio e consolidando sua candidatura para alcançar mais uma grande vitória. Vamos aguardar pois ainda tem muito o que acontecer no cenário político paraibano até o final dessas eleições.

Quem viver, verá!

Fonte: Gildo Araújo
Créditos: Polêmica Paraíba