4 MINISTROS EM UM MÊS: relembre o que auxiliares de Bolsonaro anunciaram ou prometeram para a Paraíba

A Paraíba entrou no radar do Governo Federal e, no mês de abril, quatro ministros do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) visitaram o estado para cumprir agendas administrativas. Eles se reuniram com o governador João Azevêdo (Cidadania) e prefeitos, constataram problemas, ouviram reclamações e também anunciaram a possibilidade de envio de recursos para diferentes setores.

O périplo de ministros começou com a viagem do representante do Ministério da Saúde, o paraibano Marcelo Queiroga, e do turismo, Gilson Machado. Essas primeiras, com assinatura de protocolo de intenções e diálogos sobre desafios do estado. Dez dias depois, desembarcou o ministro da educação, Milton Ribeiro, que proferiu aula magna e ouviu demandas de estudantes paraibanos.

Por último, o ministro do Desenvolvimento regional, Rogério Marinho, que trouxe equipamentos pesados para municípios e assinou pré-acordo para operação da transposição do São Francisco.

Confira, a seguir, os detalhes de cada agenda.

Ministério da Saúde 

Em sua passagem por João Pessoa, no dia 16 de abril, o ministro Marcelo Queiroga assinou um protocolo de intenções a fim de incrementar recursos nas ações e serviços públicos de saúde, na média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar. Ao todo, o investimento pretendido está na ordem de R$ 11 milhões.

A assinatura ocorreu durante agenda no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), com a presença de parlamentares federais, logo após visita ao Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita. Segundo o Ministro, o protocolo tem como objetivo assegurar investimentos em áreas como cardiologia, hemodiálise, entre outras. “Como Ministro da Saúde, eu tenho a honra de assinar esse documento, com a certeza de que estamos contribuindo para melhorar a saúde na cidade de João Pessoa, no estado da Paraíba e no Brasil”, disse.

Já em reunião no Palácio da Redenção, com o governador João Azevêdo, foi solicitado ao Ministério da Saúde a habilitação de leitos de UTI para Covid-19, além das habilitações dos serviços de cardiologia de alta complexidade e de urgência e emergência de alta complexidade nos Hospitais Metropolitano e Trauma de Campina Grande. Após passagem pela Capital, ele também visitou as cidades de Campina Grande e Patos, respectivamente, onde visitou serviços de saúde e aplicou a vacina em um conterrâneo.

Ministério do Turismo

O ministro do turismo, Gilson Machado, em entrevista à rádio Arapuan FM no dia 16 de abril, disse que João Pessoa desponta como um dos destinos mais procurados pelos brasileiros em 2021. Na mesma agenda que o ministro da saúde, ele se reuniu com João Azevêdo e recebeu reivindicações  referentes ao Centro de Convenções de Campina Grande. “Nós pedimos ao ministro a abertura do sistema para que possamos cadastrar recursos para a obra. Fazendo isso, nós teremos condições de iniciar brevemente a licitação para a construção do Centro de Convenções que custará R$ 120 milhões, dos quais R$ 70 milhões serão do estado e R$ 50 milhões de emendas parlamentares”, disse o governador.

Ministério da Educação

Dez dias depois, durante visita à Reitoria da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em 26 de abril, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, proferiu uma aula magna sobre avanços e desafios da educação. O ministro estava acompanhado do Secretário de Educação Superior Wagner Vilas Boas e de uma comitiva do Ministério da Educação.

Na ocasião, ele mencionou a possibilidade de angariar recursos para tornar mais eficiente a acessibilidade em prédios da UFPB. O ministro ainda garantiu esforços no sentido de evitar mais reduções orçamentárias na área da educação, terceiro maior orçamento do governo. “Todo o dinheiro advém de impostos. Se os impostos diminuem, o orçamento de uma maneira geral diminui. Agora, a questão de onde serão os cortes, nós temos que ver com a bancada dos parlamentares. São eles que autorizam ou não os cortes propostos”, disse.

Ministério do Desenvolvimento Regional

Já no dia 29 de abril, fechando o ciclo de visitas à Paraíba, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho e os governos dos estados atendidos pelo Projeto de Integração do Rio São Francisco assinaram um pré-acordo para definir critérios contratuais para início da operação comercial dos serviços de operação e manutenção do sistema, negociados por intermédio da Câmara de Mediação e de Conciliação da Administração Pública Federal, órgão ligado à Advocacia-Geral da União (AGU).

Segundo o ministro, “Este termo põe fim a anos de negociação entre o Governo Federal e os estados. Água é desenvolvimento e qualidade de vida, principalmente para as famílias do Nordeste, que historicamente convivem com a seca”, destacou.

Na agenda, ele também fez a entrega de 24 equipamentos pesados a municípios da Paraíba. São seis retroescavadeiras, oito motoniveladoras e 10 pás-carregadeiras. Os produtos foram adquiridos com recursos de emendas parlamentares por meio do programa Máquinas do Desenvolvimento, do MDR, e somam R$ 11,6 milhões em investimentos.

‘A moral da história’

A passagem dos ministros pela Paraíba tem significados não só administrativos, mas políticos. Embora nem todos os ministros tenham trazido na pasta recursos, assinaram acordos e protocolos de intenções que, em primeiro momento, denotam responsabilidade com obras no futuro. Foi também uma oportunidade para que conheçam problemas enfrentados pelos paraibanos e que, com essas informações, possam resolvê-los.

Apesar das promessas, também houve concretizações. Esse é o caso do ministro Rogério Marinho, que trouxe na bagagem a entrega de 24 equipamentos pesados no valor de R$ 11,6 milhões e assinou um acordo histórico, debatido desde o ano de 2016 com os estados do Nordeste. Ele também garantiu a continuidade de novas etapas da transposição do rio São Francisco, o que vai beneficiar outras dezenas de municípios paraibanos.

Por fim, as visitas dos ministros têm um significado político, já que o presidente Jair Bolsonaro conta com o crescimento de sua popularidade na região para vencer as eleições do ano de 2022. Nesse sentido, gestos em direção ao Nordeste são cada vez mais frequentes, o que pode resultar em benefícios para os 9 estados nordestinos. É o que a população espera que aconteça, sobretudo num cenário de crise e de pandemia.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba